quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

A Bíblia dos Homossexuais "Queen James" - Opinião de Augustus Nicodemus Lopes


Uma Bíblia chamada “Queen James”, que foi lançada com o objetivo de eliminar as discussões acerca do homossexualismo, causou polêmica entre os evangélicos no Brasil.

  • Bíblia Gay - Rainha James
    (Foto: Divulgação)
    Bíblia Gay - Rainha James
A Bíblia "Queen James” (Rainha James) foi adaptada a impedir interpretações contrárias à prática homossexual, que é condenada nas versões originais das Escrituras.
Em entrevista ao The Christian Post, o pastor e teólogo Augustus Nicodemus comenta sobre o tema e questiona “quantos versículos precisamos para reconhecer que Deus aborrece alguma coisa?”
Nicodemus refere-se ao argumento dos idealizadores da ‘Bíblia gay’ que dizem que entre milhares de versículos no livro sagrado apenas 8 interpretam o homossexualismo como pecado.
A nova versão da Bíblia tem o nome ‘Rainha James’ para sua versão baseado na história do Rei James da Inglaterra, que autorizou a primeira tradução da Bíblia para o inglês mais de 400 anos atrás.
Os ativistas gays alegam que James era bissexual e que apesar de ser casado possuía relacionamentos homossexuais, ficando conhecido como ‘Rainha James’ por pessoas mais próximas.
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No entanto, a fim de esclarecer esta questão, o teólogo Augustus Nicodemus explica que na verdade a referência a James como ‘Rainha James’, baseia-se num epigrama da época, "Rex fuit Elizabeth, nunc est regina Jacobus".
O termo significa "Elizabeth era o rei e agora James é a rainha" e era uma piada sobre o fato de que o Rei James era pacífico e tranquilo enquanto que sua esposa Elizabeth era agitada e autoritária.
“Não havia qualquer insinuação de homossexualidadena frase, que visava apenas debochar da passividade do Rei James”, disse ele ao CP.
De acordo com o teólogo, o Rei James era um cristão comprometido, erudito e muito capaz teologicamente. Além disso, ele diz que o fato de que muitos de seus amigos mais próximos eram homens jovens deu origem à especulação quanto à sua sexualidade.
No entanto, Augustus revela que em um trabalho teológico escrito pelo Rei James ("Basilikon Doron"), o próprio coloca a sodomia entre os pecados que jamais deveriam ser perdoados.
Ele ainda comenta a reivindicação dos idealizadores da Bíblia Rainha James quanto a palavra "homossexualidade" que só foi mencionada na Bíblia RSV (Revised Standard version) a partir de 1946 e que antes disto não havia menções, apenas interpretações. Para esta questão, ele leva a uma reflexão com uma pergunta, “em que estas interpretações se baseiam?”
Para o teólogo, não haveria outra forma de interpretar alguns versículos como a passagem de Levíticos 18:22 que diz “Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; é abominação”.
Ele cita também Romanos 1:26-27 que diz “Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contacto natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro”.
Todas as versões da Bíblia que ele conhece, Nicodemus afirma, condena o ato sexual entre pessoas do mesmo sexo. E indaga, “estariam todas elas erradas?”
“Todas as traduções que eu conheço - francês, holandês, alemão, espanhol, inglês e português (disponíveis no BibleWorks8) - verteram estas passagens de modo a dar a entender que o que está sendo condenado é exatamente as relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo. Sabemos os nomes e as qualificações acadêmicas de seus editores, mas isto não aparece na ‘Bíblia Queen James’."
Augustus, finalmente, lamenta as afirmações dos editores desta nova versão da Bíblia e diz que tal proposta revela claramente o caráter ideológico desta tradução.
“A ‘Queen James’ é o tipo de publicação que autoriza qualquer um a editar uma Bíblia amenizando ou distorcendo as passagens que lhe ofendem”.

extraído
http://portugues.christianpost.com/news/biblia-gay-e-prova-de-que-qualquer-um-pode-distorcer-a-verdade-que-lhe-ofende-comenta-teologo-13787/

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Tragédias, mais uma vez: Deus e Sandy por Augustus Nicodemus Lopes

Toda vez que uma catástrofe ou tragédia de grande proporção atinge o mundo retorna à blogosfera a questão do mal e do sofrimento dos inocentes em um mundo governado por um Deus bom e Todo-Poderoso. É o caso do furacão Sandy, que nestes dias tem causado uma enorme destruição e a morte de dezenas de pessoas nos Estados Unidos e outros países. 

De longa data o mal que existe no mundo vem sendo usado como uma tentativa de se provar de que Deus não existe, ou se existe, não é bom. E se for bom, não é todo-poderoso - esta última hipótese defendida pelo teísmo aberto.

"Onde estava Deus quando estas tragédias aconteceram?" é a pergunta de pessoas revoltadas com o fato de que centenas de pessoas boas, desprevenidas, cidadãos de bem, foram apanhados numa tragédia e morreram de forma terrível, deixando para trás famílias, filhos, entes queridos.

Eu entendo a preocupação com o dilema moral que tragédias representam quando vistas a partir do conceito cristão histórico e tradicional de Deus. Se Deus é pessoal, soberano, todo-poderoso, onisciente, amoroso e bom, como então podemos explicar a ocorrência das tragédias, calamidades, doenças, sofrimentos, que atingem bons e maus ao mesmo tempo?

Creio que qualquer tentativa que um cristão que crê que a Bíblia é a Palavra de Deus faça para entender as tragédias, desastres, catástrofes e outros males que sobrevêm à humanidade, não pode deixar de levar em consideração dois componentes da revelação bíblica, que são:

  • A realidade da queda moral e espiritual do homem 
  • O caráter santo e justo de Deus.

Lemos em Gênesis 1—3 que Deus criou o homem, macho e fêmea, à sua imagem e semelhança, e que os colocou no jardim do Éden, com o mandamento para que não comessem do fruto proibido. O texto relata como eles desobedeceram a Deus, seduzidos pela astúcia e tentação de Satanás, e decaíram assim do estado de inocência, retidão e pureza em que haviam sido criados. As conseqüências, além da queda daquela retidão com que haviam sido criados, foram a separação de Deus, a perda da comunhão com ele, e a corrupção por inteiro de suas faculdades, como vontade, entendimento, emoções, consciência, arbítrio. Pior de tudo, ficaram sujeitos à morte, tanto espiritual, que consiste na separação de Deus, como a física e a eterna, esta última sendo a separação de Deus por toda a eternidade.

Este fato, que chamamos de “queda,” afetou não somente a Adão e Eva, mas trouxe estas conseqüências terríveis a toda a sua descendência, isto é, à humanidade que deles procede, pois eles eram o tronco e a cabeça da raça humana. Em outras palavras, aculpa deles foi imputada por Deus aos seus filhos, e a corrupção de sua natureza foi transmitida por geração ordinária a todos os seus descendentes.

Desde cedo na história da Igreja cristã esta doutrina, que tem sido chamada de “pecado original”, foi questionada por gente como Pelágio, que afirmava que o pecado de Adão e Eva afetou somente a eles mesmos, e que seus filhos nasciam isentos, neutros, sem pecado, e sem culpa e sem corrupção inata. Tal ideia foi habilmente rechaçada por homens como Agostinho, Lutero, Calvino e muitos outros, que demonstraram claramente que o ensino bíblico é o que chamamos de depravação total e transmitida, culpa imputada e corrupção herdada. As conseqüências práticas para nós hoje são terríveis. Por causa desta corrupção inata, com a qual já nascemos, somos totalmente indispostos para com as coisas de Deus; somos, por natureza, inimigos de Deus e, portanto, filhos da ira. É desta natureza corrompida que procedem os nossos pecados, as nossas transgressões, as desobediências, as revoltas contra Deus e sua Palavra.

Agora chegamos no ponto crucial e mais relevante para nosso assunto. Entendo que a Bíblia deixa claro que os nossos pecados, tanto o original quanto os pecados atuais que cometemos, por serem transgressões da lei de Deus, nos tornam culpados e portantosujeitos à ira justa de Deus, à sua justiça retributiva, pela qual ele trata o pecador de acordo com o que ele merece. Ou seja, a humanidade inteira, sem exceção – visto que não há um único justo, um único que seja inocente e sem pecado – está sujeita ao justo castigo de Deus, o que inclui – atenção! – a morte, as misérias espirituais, temporais (onde se enquadram as tragédias, as calamidades, os desastres, as doenças, o sofrimento) e as misérias espirituais (que a Bíblia chama de morte eterna, inferno, lago de fogo, etc.).

A Bíblia revela com muita clareza, e sem a menor preocupação de deixar Deus sujeito à crítica de ser cruel, déspota e injusto, que ele mesmo é quem determinou tragédias e calamidades sobre a raça humana, como parte das misérias temporais causadas pelo pecado original e as transgressões atuais. Isto, é claro, se você acredita realmente que a Bíblia é a Palavra de Deus, e não uma coleção de idéias, lendas, sagas, mitos e estórias politicamente motivadas e destinadas a justificar seus autores.

De acordo com a Bíblia:

  • Foi Deus quem condenou a raça humana à morte no jardim (Gn 2.17; 3.19; Hb 9.27). 
  • Foi ele quem determinou a catástrofe do dilúvio, que aniquilou a raça humana com exceção da família de Noé (Gn 6.17; Mt 24.39; 2Pe 2.5). 
  • Foi ele quem destruiu Sodoma, Gomorra e mais várias cidades da região, com fogo caído do céu (Gn 19.24-25). 
  • Foi ele quem levantou e enviou os caldeus contra a nação de Israel e demais nações ao redor do Mediterrâneo, os quais mataram mulheres, velhos, crianças e fizeram prisioneiros de guerra (Dt 28.49-52; Hab 1.6-11). 
  • Foi ele quem levantou e enviou contra Israel povos vizinhos para saquear, matar e fazer prisioneiros (2Re 24.2; 2Cr 36.17; Jr 1.15-16). 
  • Foi ele quem ameaçou Israel com doenças, pestes, fomes, carestia, seca, pragas caso se desviassem dos seus caminhos (Dt 28). 
  • Foi ele quem enviou as dez pragas contra o Egito, ferindo, matando e trazendo sofrimento a milhares de egípcios, inclusive matando os seus primogênitos (Ex 9.13-14). 
  • Foi o próprio Jesus quem revelou a João o envio de catástrofes futuras sobre a raça humana, como castigos de Deus, próximo da vinda do Senhor, conforme o livro de Apocalipse, tais como guerras, fomes, pestes, pragas, doenças (Apocalipse 6—9), entre outros. 
  • Foi o próprio Jesus quem profetizou a chegada de guerras, fomes, terremotos, epidemias (Lc 21.9-11) e a destruição de Jerusalém, que ele chamou de “dias de vingança” de Deus contra o povo que matou o seu Filho, nos quais até mesmo as grávidas haveriam de sofrer (Lc 21.20-26). 
  • E por fim, Deus já decretou a catástrofe final, a destruição do mundo presente por meio do fogo, no dia do juízo final (2Pe 3.7; 10-12).

Isto não significa, na Bíblia, que o sofrimento das pessoas é sempre causado por uma culpa individual e específica. Há casos, sim, em que as pessoas foram castigadas com sofrimentos temporais em virtude de pecados específicos que cometeram, como por exemplo o rei Uzias que foi ferido de lepra por causa de seu pecado (2Cr 26.19; cf. também o caso de Miriã, Nm 12.10). O rei Davi perdeu um filho por causa de seu adultério (2Sm 12.14). Mas, em muitos outros casos, as tragédias, catástrofes, doenças e sofrimentos não se devem a um pecado específico, mas fazem parte das misérias temporais que sobrevêm à toda a raça humana por conta do estado de pecado e culpa em geral em que todos nós nos encontramos. Deus traz estas misérias e castigos para despertar a raça humana, para provocar o arrependimento, para refrear o pecado do homem, para incutir-lhe temor de Deus, para desapegar o homem das coisas desta vida e levá-lo a refletir sobre as coisas vindouras. Veja, por exemplo, a reflexão atribuída a Moisés no Salmo 90, provavelmente escrito durante os 40 anos de peregrinação no deserto. Veja frases como estas:

Tu reduzes o homem ao pó e dizes: Tornai, filhos dos homens... Tu os arrastas na torrente, são como um sono, como a relva que floresce de madrugada; de madrugada, viceja e floresce; à tarde, murcha e seca. Pois somos consumidos pela tua ira e pelo teu furor, conturbados. Diante de ti puseste as nossas iniqüidades e, sob a luz do teu rosto, os nossos pecados ocultos. Pois todos os nossos dias se passam na tua ira; acabam-se os nossos anos como um breve pensamento...

Não devemos pensar que aquelas pessoas que ficam doentes, passam por tragédias, morrem em catástrofes eram mais pecadoras do que as demais ou que cometeram determinados pecados que lhes acarretou tal castigo. Foi o próprio Jesus quem ensinou isto quando lhe falaram do massacre dos galileus cometido por Pilatos e a tragédia da queda da torre de Siloé que matou dezoito (Lc 13.1-5). Ele ensinou a mesma coisa no caso do cego relatado em João 9.3-4. Os seus discípulos levantaram o problema do sofrimento do cego a partir de um conceito individualista de culpa, ponto que foi rejeitado por Jesus. A cegueira dele não se deveu a um pecado específico, quer dele, quer de seus pais. As pessoas nascem cegas, deformadas, morrem em tragédias e acidentes, perdem tudo que têm em catástrofes, não necessariamente porque são mais pecadoras do que as demais, mas porque somos todos pecadores, culpados, e sujeitos às misérias, castigos e males aqui neste mundo.

No caso do cego, Jesus disse que ele nascera assim “para que se manifestem nele as obras de Deus” (Jo 9.3). Sofrimento, calamidades, etc., não são somente um prelúdio do julgamento eterno de Deus; há também um tipo de sofrimento no qual Deus é glorificado por meio de Cristo em sua graça, e assim se torna, portanto, um exemplo e um prelúdio da salvação eterna. As tragédias servem para levar as pessoas a refletir sobre a temporalidade e fragilidade da vida, e para levá-las a refletir nas coisas espirituais e eternas. Muitos têm encontrado a Deus no caminho do sofrimento.

O que eu quero dizer é que, diante das tragédias e  acidentes devemos nos lembrar que eles ocorrem como parte das misérias e castigos temporais resultantes das nossas culpas, de nossos pecados, como raça pecadora que somos. Poderia ser eu que estava entre as vítimas do furacão Sandy. Ou, alguém muito melhor e mais reto diante de Deus. Ainda assim, Deus não teria cometido qualquer injustiça, ainda que todas as vítimas fossem os melhores homens e mulheres que já pisaram a face da terra. Pois mesmo estes são pecadores. Não existem inocentes diante de Deus, Bonfim. Pensemos nisto, antes de ficarmos indignados contra Deus diante do sofrimento humano.

Por último, preciso deixar claro duas coisas.

Primeira, que nada do que eu disse acima me impede de chorar com os que choram, e sofrer com os que sofrem. Somos membros da mesma raça, e quando um sofre, sofremos com ele.

Segunda, é preciso reconhecer que a revelação bíblica é suficiente, mas não exaustiva. Não temos todas as respostas para todas as perguntas que se levantam quando uma tragédia acontece. Não conhecemos a vida das vítimas e nem os propósitos maiores e finais de Deus com aquela tragédia. Só a eternidade o revelará. Temos que conviver com a falta destas respostas neste lado da eternidade.

Mas, é preferível isto a aceitar respostas que venham a negar o ensino claro da Bíblia sobre Deus, como por exemplo, especular que ele não é soberano e nem onisciente e onipotente. Posso não saber os motivos específicos, mas consola-me saber que Deus é justo, bom e verdadeiro, e que todas as suas obras são perfeitas e retas, e que nele não há engano.

[Este post foi baseado num outro post da minha autoria aqui no blog intitulado Carta a Bonfim: Deus e as Tragédias]

Augustus Nicodemus Lopes

terça-feira, 30 de outubro de 2012

AGENDA - SEBI - Sociedade de Estudos Bíblicos Interdisciplinares.

Na próxima semana, 05-10 de novembro, estarei dando aula na Sociedade de Estudos Bíblicos Interdisciplinares - SEBI - Brasília (DF). O módulo é Aconselhamento de Casais em Casos de Crise. Numa sociedade cada vez mais libertária, onde a liberdade humana e a autodeterminação são exaltados, influenciando os relacionamentos conjugais e familiares pela opinião pública e voto da maioria, nada mais pertinente como cristãos, reconstruir a base do casamento bíblico e buscar soluções  às crises, pela exposição da Teologia Bíblica. Peço suas orações.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Em Que Mundo Criaremos Nossos Filhos?



EM QUE MUNDO CRIAREMOS NOSSOS FILHOS? 
Hélder Cardin*

Escutei esta pergunta pela primeira vez há 15 anos. Eu a disse pela primeira vez
há oito anos quando, já casado, conversava com minha esposa sobre termos filhos. Hoje, 
com 11 anos de casado e dois filhos na aljava, escuto o eco da dúvida na selvageria do 
mundo em que vivemos. 
Um mundo que torce a verdade pela mentira; redefine princípios e valores em prol 
da mera conveniência pessoal; nega Deus e ridiculariza os que nele creem; exalta o ter
em detrimento do ser; perverte a pureza sexual por uma pretensa liberdade de escolha; 
crê no acaso e  diz não haver sentido na vida e na história e, por  isso, cada um deve 
buscar seu próprio rumo; diz plantar liberdade, mas não colhe muito além de escravidão. 
Enfim, este é o mundo no qual já vivemos. Um mundo desesperançoso frente seu próprio 
relativismo e incapacidade para ajudar o ser humano a achar um rumo na vida.
Diante disso, a questão acima  deveria ser: como educar nossos filhos  a fim de 
sobreviverem a este mundo? Sobreviver. Esta é a palavra que pais, pastores e líderes de 
mocidades usam para se referirem ao jovem cristão que entrou na universidade e saiu de 
lá “ainda cristão”. Um jovem que sobreviveu às pressões e tentações, ofertas fáceis do 
pecado e tudo quanto o separa de Deus. Talvez não tenha saído ileso (como na maioria 
dos casos), mas saiu vivo.
O que fazer? Gostaria que a resposta fosse fácil de dar  e praticar, mas não é. 
Entendo que precisamos ajudá-los: (1) a adquirirem um conhecimento pessoal de Deus a 
fim de terem sua própria fé, não apenas a “fé de seus pais”; (2) a se fundamentarem no 
conhecimento absoluto  e prático  da Palavra de Deus;  (3)  a entenderem seu papel no 
mundo bem como o sentido de suas vidas; (4) a terem situações reais de convívio com 
outros cristãos  comprometidos com  Cristo em suas vidas profissionais, afetivas, 
familiares, financeiras e eclesiásticas, para que vejam que é possível ser cristão e bemsucedido. 
Sucesso  não  conforme o mundo  o  define, mas nossos filhos precisam ver que 
podem ter uma vida bem-vivida,  serem profissionalmente realizados, terem estabilidade 
emocional e  serem moralmente santos, sem  abandonarem  os  princípios e valores 
bíblicos. Não um pelo outro ou em detrimento do outro, mas um por causa do outro. O 
todo da vida por causa do compromisso com Deus, e este compromisso norteando o todo 
da vida no mundo. Tudo isso  pela  ótica bíblica. Uma ótica que nos diz que antes de 
alguém ser  advogado, engenheiro, pastor ou  professor,  ele  é cristão.  Cristão médico, 
cristã professora.
Em que mundo, então, criaremos nossos filhos? Naquele, inclusive, em que hoje 
estivermos  espelhando  a transformação conforme o caráter de Cristo e os  princípios 
eternos da Palavra de Deus.

Hélder Cardin*
Coordenador da graduação do Seminário Bíblico Palavra da Vida.
Mestre em Teologia Pastoral pelo Centro de Pós-graduação Andrew Jumper

terça-feira, 25 de setembro de 2012

ORAÇÃO - by Pr. Paulo Solonca





A Oração do Pr. Paulo Solonca... Que Deus o abençoe ricamente... Acabei de ler sua oração e quero me alinhar ao seu desejo diante de Deus, pois quero compreender muitas coisas que ainda não tenho condição por mim mesmo... Leia! Abraço e boa semana!

Senhor, sei que conheces todas as coisas. Hoje, gostaria de lhe pedir que me concedesse a graça de conhecer-te um pouco mais . Creio que, desta maneira , também poderei me conhecer melhor. Na verdade , eu gostaria de me conhecer do mesmo modo como tu me conheces.
Concede-me uma clara visão da minha vida. Quero conhecer as minhas fraquezas para conhecer melhor o teu poder. Mostra-me minhas falhas para que possa entender melhor tua perfeição
Mostre me a minha insensibilidade para que eu possa me dar conta de teu infinito amor que excede todo e qualquer entendimento. Pai, na tua misericórdia, mostra-me também como posso , apesar da minha pequenez, refugiar- me na tua grandeza; Mostra-me como eu, pecador como sou, posso apoiar-me na tua santidade e justiça . Mostra-me como eu, tão desprovido de amor , posso desfrutar de de teu grande amor e de teu perdão .
Que meus pensamentos estejam constantemente na pessoa, nos ensinos e na vida de teu filho, meu Mestre e Senhor Jesus de tal maneira que possa ver todas as coisas á luz da redenção que me tens concedido através de teu nome . Amém.

domingo, 12 de agosto de 2012

Feliz Dia dos Pais - PAI, NOSSA VOCAÇÂO


Dia dos Pais - Sr. Darcy Sborowski (in memorian)

Sr Darcy Sborowski, meu pai. Hoje, usufruindo da eternidade com Deus. Eu, colocando em prática o que este pai, pelo Pai, me deixou. O que eu sei do Pai, neste mundo, teve início no pai que o Pai me deu. O que eu quero dos meus filhos é que eles amem ao Pai, que meu pai me ensinou amar. O maior presente que tenho é que quase todos os meus filhos já demonstram andar com o Pai, que seu pai aprendeu a andar com o seu pai, que andou com o Pai. Meu desejo é que neste domingo, dia dos pais, agradeçam ao Pai. Valeu pai, valeu Deus! Feliz dia dos pais!

quinta-feira, 19 de julho de 2012

UM ESPÍRITO AGRADECIDO - Luciana Sborowski

UM ESPÍRITO AGRADECIDO

A gratidão tem início quando se reconhece quem Deus é e o que Ele tem feito. Essa emoção sincera não depende da reação da outra pessoa ou da natureza do presente recebido. A ingratidão, por outro lado, tem início com um coração insatisfeito, que rejeita o Doador e, também, o presente (Rm 1.21)
A própria vida é um presente gracioso de Deus. Só existe gratidão baseada nesse fundamento. O espírito de gratidão deve ser cultivado e, depois, transmitido aos outros, principalmente aos de sua própria casa, por exemplo. Pode-se conseguir isso de várias maneiras:

• Lembre-se de que a pessoa agradecida é humilde e tem Deus como o centro de sua vida, e o coração ingrato é cheio de orgulho e centralizado em si mesmo. Rute deu um grande exemplo desse espírito de gratidão e humildade. (Rt 2.10). Ela respondeu graciosamente até à mínima demonstração de bondade.
• Não encare como triviais as bênçãos simples e comuns da vida diária (Mt 6.11)
• Procure pelas bênçãos de Deus, tendo o cuidado de ao deixar de ver os presentes escondidos, sutis e indiretos dele (Cl4.2). Reconheça que nem tudo o que deseja pode ser benefício para você. Deus é o sábio Doador. Considere os planos e as prioridades dele para sua vida; tenha o cuidado de não perder a visão de conjunto por causa de alguma trágica, porém pequena interrupção.
• Lembre-se de agradecer a Deus até no meio da adversidade e da provação (Hc 3.17-19); ICo 10.31; Fp 1.2; 2.14; I Ts 5.18).
• A gratidão a Deus e aos outros deve ser expressa regular e publicamente (Sl 35.18; Jo 11.41,42). Familiares e amigos não devem ser desconsiderados.
• Anote as bênçãos e mantenha um registro da fidelidade de Deus com você.
• Complete o círculo de gratidão estendendo a mão para contribuir com o próximo, no Espírito de Cristo (II Co 9.12).
O espírito agradecido e o coração grato fazem parte integrante de uma vida santa. A mulher agradecida e que tem um coração cheio de louvor traz alegria ao Pai e glória ao nome dele. Uma atitude de gratidão proporcionará ao seu coração bênçãos incontáveis e a transformará num canal de bençãos para os demais.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

by AUGUSTUS NICODEMUS LOPES

Eu creio que o inferno existe, mas não tenho o menor prazer ou satisfação secretos ou públicos quanto a este fato. 

Eu creio que o inferno é eterno e agradeço a Deus que não me deu condição de entender plenamente o que significa sofrer eternamente, senão eu entraria em crise.

Eu creio que só escaparão de ir para o inferno aqueles que creram em Jesus Cristo como único e suficiente Salvador, o Filho de Deus que veio ao mundo morrer por nossos pecados. Os que nunca ouviram falar de Cristo não são exceção, pois não há inocentes diante de Deus, conforme Paulo ensina em Romanos 1 e 2.

Eu creio que o inferno foi preparado para o diabo e seus anjos, mas não creio que o diabo já esteja lá e muito menos que ele seja o rei do inferno, onde domina e atormenta as almas perdidas. O diabo teme e treme na expectativa daquele dia em que será lançado para sempre no lago de fogo e enxofre.

Eu creio que o Senhor Jesus Cristo veio ao mundo para salvar pecadores do inferno e que Ele se entregou na cruz para isto, mas tenho de reconhecer que a maioria das citações e informações sobre o inferno foi proferida por Ele e não pelo “Deus mau” do Antigo Testamento e nem pelo “intransigente” apóstolo Paulo.

Lamento que tenho pregado pouco sobre o inferno. Lamento que nas vezes que preguei não fui mais convincente. E lamento mais ainda que são poucos os pregadores hoje que estão dispostos a falar deste assunto.

[Aos interessados, seguem as passagens bíblicas que serviram de base para este post.
Sal 9.17; Prov 5.5; 9.13–17; 15.24; 23.13-14; Isa 30.33; 33.14; Mat 3.12; 5.29-30; 7.13-14; 8.11-12; 10.28; 13.30, 38–42, 49-50; 16.18; 18.8-9, 34-35; 22.13; 25.28–30, 41, 46; Marcos 9.43-48; Lucas 3.17; 16.23-28; Atos 1.25; 2Tess 1.9; 2Ped 2.4; Judas 6, 23; Apoc 9.1, 2; 11.7; 14.10, 11; 19.20; 20.10, 15; 21.8 2.11].

quarta-feira, 6 de junho de 2012

A MELHOR NOTÍCIA DO DIA

Qual é a melhor notícia do dia para você? Quando você levanta pela manhã, o que vem em sua memória? Quem sabe você está aguardando aquela notícia da compra da casa nova concretizada, a chegada do seu carro novo na concessionária, o resultado do vestibular que o levará a entrar na faculdade, o nascimento do seu primeiro filho, aquele email romântico da noiva, o dia do seu casamento, enfim, muitas podem ser, para você a notícia tão esperada do dia. Será que estas notícias de fato seriam as melhores notícias de seu dia? Quando penso, que um dia, há muito tempo atrás, relatado na Bíblia sobre a criação do jardim perfeito, que Deus fizera, e juntamente com esse jardim, colocou um casal perfeito, onde seus relacionamentos eram trocados com alegria, perfeição, sem mentiras, sem manchas de infidelidade, sem ódio, sem vergonha, sem dor, sem diferenças, amando perfeitamente o amor de Deus, e que num determinado momento de decisão e rebeldia, vieram a perder tudo, tornando-os pecadores, onde toda esta perfeição agora é imperfeito, relacionamentos recheados de egoísmo, ódio, tristeza, diferenças, ciúmes, vergonha, a queda humana que passará a todos os homens, e que na qualidade de ser humano, todos pecaram e todos foram destituídos da glória de Deus, onde não há justo, nem quem busque a Deus, depravação total, todos quebrados e moídos pelos nossos pecados, perdidos, venho a pensar: qual seria a melhor notícia do dia? Que notícia seria a primeira a vir em minha mente quando me levanto pela manhã? AS BOAS NOVAS - O EVANGELHO - O RESGATE - A RESTAURAÇÃO - do que está quebrado. Lemos no evangelho de Marcos 1.15 o seguinte texto: dizendo: o tempo está cumprido e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho. ESTA É A MELHOR NOTÍCIA DO DIA. Jesus Cristo está dizendo que ELE chegou o tempo está cumprido, o resgate vai acontecer, a restauração do que está quebrado será consertado. Tudo aquilo que ocorreu no Velho Testamento, guerras, conflitos, povos, desertos, alianças, disciplinas, foram direcionados e comandados para este dia: O TEMPO ESTÁ CUMPRIDO. Jesus É A SOLUÇÃO DO QUE ESTÁ QUEBRADO. Não são sistemas, filosofias, costumes, manias, nada nesta mundo é, e será capaz, de trazer o homem, ser humano, a este concerto. Se os sistemas, filosofias, manias, psicologias, sejam elas quais forem, fossem a solução, Jesus não precisaria vir. Jesus não é sistema, não é psicologia, não é mundano. Jesus é a salvação do  mundo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, o cumprimento das promessas, o propósito divino de salvar o homem está completado. O que percebemos aqui, em Marcos, é que somente o REINO e todo SEU poder, à nossa disposição, dado a nós pela GRAÇA, é capaz de restaurar o homem de seu pecado e perdição eterna, e se esta notícia não é a primeira a ser lembrada do seu dia, você precisa refletir sobre esta tão grande NOTÍCIA - AS BOAS NOVAS. Sendo assim, compreenda o seu pecado, arrependa-se deles e creia nesta notícia. Que Deus o abençoe ricamente.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

CARTA DO TIO GERSON MORAES - CONDOLÊNCIAS DO FALECIMENTO DE MINHA MÃE

Um pouco de minha história, narrada por intermédio de uma carta do meu tio Rev. Gerson Moraes, nas condolências do falecimento de minha mãe. Alguns nomes que aparecem nesta carta para você compreender a história: Débora a filha de meu tio Gerson; Tula (foi a primeira esposa de meu tio que faleceu de câncer durante o pastorado e que é irmã de minha mãe); Mingo (o irmão mais velho de minha mãe, já falecido); Maude a atual esposa que Deus deu para meu tio novamente; Darcy é o meu falecido pai (2001). Espero que em poucas palavras escritas nesta carta, você leitor, possa verificar os caminhos do Senhor. 

Boa leitura,

Abraço.


A carta:



Rancharia, 14/05/2012

Querido sobrinho Douglas,
Graça e Paz,

A Débora (filha) informou-me do falecimento de sua mãe. Na ocasião não estava em Rancharia, e sim em Presidente Prudente acompanhando a Maude (esposa) internada no hospital, razão porque não pode me comunicar. A Lourdes foi muito ligada a nós, eu e a Tula, pelo fato de ter morado em casa. Não sei se vocês sabem que sua mãe devido ao término de um namoro, ficou muito estressada e as irmãs dela, acharam que devia sair de Sorocaba. Então o Mingo nos telefonou pedindo para levá-la para nossa cidade Cornélio Procópio (PR).  Mingo disse  que ela precisava se distrair e que a levasse para um clube da cidade. Então a Tula lhe disse que poderia trazê-la, pois tinha um bom clube para ela; e esse clube era a igreja. Realmente a trouxeram, e a levamo para a igreja; foi muito bem recebida, enturmou na mocidade, mandou para longe o seu estresse, conheceu uma nova vida em Jesus. E foi conversão real, pois mesmo quando voltou para sua casa em Sorocaba (SP), tendo a rejeição das irmãos (católicas), permaneceu firme na fé. Também, foi quando conheceu seu pai (Darcy), o que resultou em casamento e logicamente a existência de vocês. A Lourdes foi uma mãe extremamente amorosa e dedicada à vocês. Não preciso falar que a nossa vida pertence a Deus, e que segundo Jó: O Senhor a deu e o Senhor a tomou. Sim, pela fé, crendo em Jesus está na glória, e sei que o Espírito Santo de Deus consolou vocês. Ela está na glória onde já está seu pai. Seu pai foi minha, ou melhor, ovelha de Jesus, que coube a mim pastorear, bem como meu aluno no ginásio, assim gostava muito deles e por extensão de vocês também. Alegro-me por vocês serem meus colegas no pastoreio das ovelhas de Jesus. Não há atividade mais prazerosa que esta. Se tivesse que viver novamente, escolheria de novo, ser pastor. Já estou ordenado há 57 anos e completarei neste mês 86 anos de vida. Abraços meu e da Maude a você e Luciana. Estamos às ordens aqui no nosso rancho em Rancharia (SP).

Gerson Moraes

sábado, 5 de maio de 2012

NOTA DE FALECIMENTO - MINHA MÃE LOURDES

Queridos amigos e irmãos em Cristo,

Depois de aproximadamente 90 dias hospitalizada, minha mãe nesta madrugada recebeu a cura definitiva de seus problemas de saúde e deste mundo, e exatamente agora está celebrando a eternidade concretamente como toda a sua vida creu. Nesta madrugada, no dia de hoje 05/05, aos 80 anos, foi promovida ao céu. Desde já agradeço toda a solidariedade de palavras e ações de muitos irmãos que nos acompanham nestas horas. Deus tem nos consolado grandemente e a nossa esperança se intensifica cada vez mais, quando entendemos concretamente o céu na morte de nossos parentes queridos. Aproveitando este momento de luto, que nos traz reflexões da vida, minhas palavras finais são de reflexão também, e pergunto: - Você tem esta esperança de um dia, ao findar desta trajetória, continuar na eternidade com o Senhor? Durante esta semana você amado irmão jogou fora as oportunidades de agradecer a Deus, que na Sua criatividade fantástica o sustentou durante estes dias? Então se alegre comigo, pois hoje aumentou o prazer no céu com a chegada de mais uma filha, minha mãe, Dna. Lourdes como carinhosamente era conhecida. Quem a conheceu, certamente está imaginando as gargalhadas que expressavam sua alegria aqui, e que agora expressam sua chegada ao céu.

Um abraço!

sexta-feira, 9 de março de 2012

A Morte do Bispo e Questões de Filhos Adotivos - Pr. Jader Borges

…“Tendo em vista que não se promulga lei para quem é justo, mas para transgressores e rebeldes, irreverentes e pecadores… parricidas e matricidas, homicidas”… ( 1 Timóteo 1.9).
A última vez que vi o bispo Robinson Cavalcanti foi no aeroporto do Recife, entre as tantas idas e vindas dele e também minhas, por esse Brasil e mundo a fora. E foi até em um contexto até engraçado: companhias iguais, mas destinos diferentes, daí o equívoco de fingers, aqueles tubos que ligam o saguão ao avião. E nós rimos da situação. Ele me disse: “já pensou se eu sigo neste vôo ‘errado’, e o pessoal lá da cidade para onde vou, fica me esperando em vão no aeroporto?” E eu respondi: “não tem problema: você é tão conhecido, que logo, logo, onde chegar alguém lhe pedirá para falar algo”. Nos despedimos e ele foi para o seu ‘finger certo’.
A primeira vez que vi Robinson Cavalcanti foi quando ele ainda não era “Dom”, mas sim, Professor Robinson Cavalcanti, já há muito militando na política, como cientista político que também era. Foi como candidato a Deputado Estadual e eu, como jovem integrante da Diretoria da Mocidade da Igreja Presbiteriana das Graças, no Recife, onde Robinson viria dar uma palestra sobre o tema: “o primeiro voto de um cidadão crente”. Lembro-me também de D. Mirian, sua esposa, nos recebendo em sua casa e com o marido nos ajudando a preparar estudos sociais e políticos com suas opiniões, para um trabalho desses de Colégio, nos idos do começo dos anos 1980.
Depois, entre a primeira e a última vez, entre tantas vezes no Recife, ainda, nunca mais o vi. E foi aí que eu soube da sua trágica morte.
Algumas pessoas, sabedoras que trabalho com assuntos como “infância”, “Departamento Infantil” e também que escrevo, prego para pais e sobre famílias, me procuraram para saber algo muito sério: “o que isso tem a ver com o fato de ser filho adotivo”?
Sim, porque tudo indica que o principal suspeito do assassinato seja um filho adotivo do bispo, que segundo a imprensa, era problemático, metido com drogas, etc. Respondi o que penso: nada a ver com o fato de alguém ser filho adotivo e tudo a ver com o fato de alguém ser pecador, e pecador envolvido com questões como drogas é um fato e fator que pode aumentar e muito a possibilidade de vir a ser ou tornar-se problemática. “Ser adotivo” não é e nunca foi um problema. Se compararmos os casos de parricídios e matricídios, a proporção de filhos adotivos que matam seus pais é até menor do que os casos que envolvem os filhos do útero e da consangüinidade. O jovem que matou a mãe recentemente em São Paulo, era seu próprio filho. A moça de sobrenome alemão, que chocou o Brasil com o seu pacto macabro de assassinato dos pais, tinha o DNA dos falecidos.
Riscos e suas tragédias.
Ouso comentar aqui as falhas que alguns pais adotantes podem ter com relação à criação de filhos adotivos, capazes de desencadear problemas, não em proporções de homicídio, mas também com seus graus de dificuldades suficientes para gerarem grandes e longos desconfortos.
E então? Quando é que pais adotivos e filhos adotados podem falhar? Penso em quatro possíveis respostas, pelo que vejo e escuto, aconselhando gente de ambos os lados:
1. Quando pais agem com comiseração (“peninha”) para com o adotado, e quando o adotado age com extorsão emocional para com os adotantes.
Infelizmente não é pequena a incidência desse erro, nesses casos. Pais tendem a ‘afrouxar’ mais as regras para com o filho adotado, pensando que ele “já sofreu demais na vida, ainda muito criança”. Foi, talvez, um bebê abandonado; largado pelos pais naturais, etc. Em alguns casos, a maneira como pais adotivos encontraram a criança, com traços de inanição e feridas e machucados na ocasião do primeiro contato, pode chocar e levar os pais a congelarem esta imagem, passando a transportá-la para tudo quanto é situação e contexto, pelo resto da vida, no crescimento daquela criança. O filho poderá com isso passar a ser sempre visto como “o “coitadinho do menino” no inconsciente do lar. E para ele certas tolerâncias serão mais extensas e certas cobranças serão facilmente adiadas. A tendência de muitos pais será a de ‘facilitar’, senão ao máximo, pelo menos bastante, a vida do adotivo… que ‘já sofreu demais na vida’. Esta ‘criação com peninha’ só fará mal, pois a tendência será deixar a criança entregue a si mesma, no final (ver, Pv 29.15) afinal, não se deve contrariar “o bichinho” (termo muito usado no Nordeste, por exemplo, e que denota [muito] mais carinho, [muito] mais dengo e mimos, e até [muito] mais [e excessiva] complacência.
Ora, o adotado até pode ter sofrido bastante no início da sua vida, mas agora não sofre mais, desde que passou a integrar uma amorosa e calorosa [nova e definitiva] família. Por graça e para a sua felicidade, ele encontrou, de fato, um lar. Agora, bem tratado e bem orientado, poderá e deverá crescer como os demais filhos, tendo sim regras, compromissos e responsabilidades iguais. E se for filho único, que as regras, compromissos e responsabilidades que esta criança deva ter desde o início, como filho e cidadão; como gente que passou a ter a felicidade e oportunidade de ter sido buscado para integrar uma família, recebendo com isso nome e sobrenome, com direito a dignidade, educação e boa orientação, devem ser mantidas e bem tratadas sempre.
Sim, que todas as responsabilidades e também cobranças sadias inerentes lhe sejam bem definidas, cumpridas e exigidas. Provérbios 22.6 valerá igualmente para ele, e para ele tem e deverá ter o mesmo peso. O que o filho adotivo tinha de triste e de tristezas no início da sua história, quando ele foi adotado, geralmente foi bem suplantado pelo que veio a ter e passou a ser: integrado  a uma família, recebido em um lar, recebendo um nome e ganhando pais, de fato e na beleza e singularidade do que venha a ser de fato o fato de agora “ter pais”!
Estulto como ser humano (ver, Pv 22.15a) o filho adotivo, percebendo que há brechas em sua criação e que tem mais liberdade para agir e reagir com irresponsabilidades e intransigências por causa da ‘grande peninha’ que já viu que seus pais revelam e mantêm, poderá enveredar por muitos males, sendo o da extorsão emocional crescente e persistente, uma delas. Seu coração, de adotivo ou não, é antes de tudo coração de homem pecador, e pode desenvolver-se com perversidades e meter-se em grandes esquemas de corrupções logo cedo, se não for corrigido e bem orientado em amor e com a devida firmeza (veja, Jr 17.9 sobre o coração humano).
2. Quando a adoção não é bem pensada e quando as responsabilidades de ambos (pais adotivos) não são bem trabalhadas preventivamente, ou circunstancialmente, com oração e através de estudos e acompanhamentos sérios.
Muitas dificuldades virão quando, antes da adoção, as coisas não ficarem bem claras entre os dois que serão pais de um ser humano, podendo vir esta criança com uma história bem difícil de início de vida. O bebê, ou a criança pequena que foi adotada, poderá trazer consigo traumas emocionais muito fortes, por ter passado por situações bem difíceis. É sabido que a vida intra-uterina pode sofrer tanto quanto a extra-uterina; que o bebê sente, e muito (rejeição; ataques, ofensas, etc). Oração, estudos, acompanhamento clínico com profissionais da área da saúde (também mental) podem e devem ter vez. Estudiosos nestas áreas poderão ser consultados e ouvidos. Há também boa leitura e farto material para pesquisas.
Adotar com o devido preparo prévio ajudará e muito a lidar com situações que revelam ou revelarão traumas intra-uterinos existentes. A Graça de Deus é abundante e dará sabedoria aos que pedirem, também em casos como estes (ver, Tg 1.5). A devida compreensão de situações aqui narradas, ao invés de conduzir a erros (como o da comiseração, acima), poderá ser porta para acesos ao coração de uma pessoa que sofreu, ou que traz consigo ainda resquícios de muitas dores (se for esta a sua história), apresentando-lhe o amor e a graça de um Deus poderoso e infinito, que não se cansa de amar.
Há ainda que se considerar situações genéticas. Muitas enfermidades da mente são de procedência desta situação, e quando não se sabe quem são os pais que geraram a criança e seus históricos, dificuldades e certas enfermidades mentais aflorarão mais tarde, sem que se conheça tanto ‘a história’ dos pais geradores, o que poderá dificultar certos processos. Mas nada que a dedicação, a persistência, a oração e o estudo de fatos e casos, com o devido acompanhamento também profissional na área em questão, não seja um meio de graça para ser tratado, pois se assim fosse, e quando os filhos do útero e do DNA também apresentassem certos sintomas e revelassem grandes problemas em certas áreas, como seria? Desistir-se-ia deles? Bíblica e até humanamente falando (questão de humanidade; de índole humana que carrega consigo a imago Dei), diz: nunca!
Certos erros poderão desencadear crises se, por exemplo, o homem se ausentar ou esquivar; se ele ‘concordou em adotar’, mais porque a mulher queria muito ter um filho e este foi um meio, ou se a mulher achar que a tarefa é mesmo pesada demais para ela, e ‘largar’ a criança para o pai cuidar. E ainda há o risco de ambos contratarem uma babá para fazer o que eles “já largaram”.
Tanto adotar, como gerar um filho, tem o mesmo peso: envolvimento e comprometimento de cada um – homem e mulher – na devida observação a funções que um homem e uma mulher devam ter e manter no processo de criação de um ser humano.
3. Quando se “terceiriza” a criação, e quando filhos adotivos são ingratos.
Se a adoção não foi bem tratada e trabalhada antes, um dos riscos é o da transferência. O nome que “ele carrega” é até “o meu”, mas as responsabilidades, “eu pago” para outros terem por mim. Isto ocorre com muitas crianças, em muitas famílias hoje em dia. E não precisa ser “adotado” não. Nem preciso delongar-me aqui. Temos [maus] exemplos demais à nossa volta, com adotados ou com gerados.
Por sua vez, conheço pais amorosos e atenciosos em tudo, que sofrem com ingratidões desmedidas de filhos que foram adotados. Estes chegam a ser cruéis, agressivos e ferinos, tantas vezes. Não sabem agradecer, não sabem reconhecer. Claro que filhos gerados também podem ser e agir assim – e como tantos são e agem assim, infelizmente. Mas, pontuando mais sobre os que foram adotados, como é triste ver que alguns agem dessa forma para com os seus pais adotivos. Estes filhos rebeldes não irão longe e nem se darão bem na vida. Não terão a bênção e a aprovação de Deus.
4. Quando presença e ausência se confundem. E quando aquele que deveria ser (e agir) agradecido, age como um louco.
Uma coisa todo ser humano precisa, em qualquer idade: atenção e devido acompanhamento. Se, cedo na vida, estas necessidades são negociadas, adiadas, empurradas ou transferidas, isso poderá causar feridas. E aqui, longe de estar julgando “Robinson e Mirian” como pais, pontuarei apenas o que li nos jornais, visando ilustrar com este trágico acontecimento questões e situações capazes de envolver e atingir qualquer família e qualquer dos filhos de uma família.
Se foi o filho adotivo quem fez isso, lemos que ele “era problemático”, possivelmente “envolvido com drogas”, “de difícil trato e temperamento”… que “tem cerca de 29 anos” e que “residia nos Estados Unidos a pelo menos 15 anos 1”. Mas aqui, eu me pergunto: então, ele foi embora de casa muito novo! Com cerca de 15 anos, ou menos (e aqui, mais uma vez reitero: não estou julgando ninguém e desconheço totalmente a história e o histórico de criação deste filho). Apenas chamo a atenção para o fato de que “14 ou 15 anos” é idade para o menino estar em casa e bem perto dos pais. Que se ele residia nos EUA (desconheço os motivos), ainda que residisse com parentes amorosos, mesmo assim, parentes amorosos não são os pais e nem podem agir como estes agiriam. Se morava com amigos queridos e íntimos da família no exterior, mesmo assim: amigos não podem substituir nunca os pais.
Ninguém pode substituir um pai ou uma mãe, se as condições de família são normais e estão dentro de uma normalidade. Conflitos de e na criação, todos podemos ter, mas é no período da infância, da pré-adolescência e da adolescência que mais e muito uma vida jovem precisa ter os pais por perto e acompanhando tudo em sua vida, bem de perto.
Por sua vez, tem tantos filhos que querem ver o pai e a mãe “pelas costas”, como popularmente se diz. Tem os que desprezam seus pais e se isolam, distanciam ou, simples e friamente arrumam as suas coisas e vão embora, como um dia o filho pródigo – e ingrato – fez ( Lc 15.11ss)
Você e eu – se você que me lê for pai/mãe – compreende o que eu digo e quero destacar. Dificuldades com um filho, com uma filha, todos podemos ter. A distância geográfica pode acarretar em sérios problemas. A distância glacial também dentro de casa, pode gerar o mesmo efeito.  Cuidado com as distâncias, todas elas.
Enquanto escrevo, como pastor e com pai de duas meninas adolescentes, luto para aprender a lidar com o que Dom Robinson também devia lutar, e muito: com a questão da agenda e dos muitos compromissos. Tantas vezes isso é possível acontecer com pastores, pregadores e palestrantes: enchermos as nossas agendas e nos tornarmos escravos ou reféns, das mesmas. Quantas vezes, como pastor, “eu sinto que devo salvar o mundo e a todos”, e quantas vezes eu me sinto fraco e estafado? E aí, quem primeiro sente os meus sintomas de cansaço e de stress? Com quem eu primeiro respondo até rispidamente, sem perceber? Com aquelas pessoas que me são mais queridas e próximas, que têm o meu sobrenome, tantas vezes, infelizmente. Sou levado a pensar que as minhas filhas têm a obrigação de entender “o ministério do papai” e que agora eu estou bem cansado e indisposto para elas.
Ah, como sofro com isso e como choro por já ter agido assim. E, insisto: não estou dizendo que Robinson Cavalcanti fez isto e foi assim. Não estou dizendo isto, jamais! Agora falo para pais, e muitos entendam o que eu tento destacar aqui.
Encerro este já longo artigo, rogando aos pais, principalmente se estão tão atarefados em tantas coisas: nós precisamos parar e pensar muitas coisas que envolvam as nossas vidas e famílias. Saibamos nós que um ministério ou carreira qualquer, bem eficiente e abrangente, nunca será sinônimo e garantia de uma família feliz, como, uma família feliz, redundará em um ministério ou carreira realmente feliz. Cuidemos urgentemente em refletir sobre isto.
Ser adotivo ou ser gerado no ventre. Que Deus nos ajude a saber lidar melhor com as nossas famílias, estudando, orando, meditando nas Sagradas letras e aprendendo sempre, para evitarmos ou bem superarmos erros que atinjam tanto os adotados, como os gerados.
Eles são filhos, sempre.
E poder contar com os pais, sempre, é um grande privilégio.
Amém.

1 - Do portal de Notícias da Globo Pernambuco: http://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2012/02/filho-adotivo-mata-pai-e-mae-facadas-e-tenta-se-matar-em-olinda.html

quinta-feira, 1 de março de 2012

Cientistas Famosos que Criam em Deus

Cientistas Famosos que Criam em Deus

por  Richard L. Deem


1. Nicolau Copérnico (1473-1543)

Copérnico foi o astrônomo polonês que propôs o primeiro sistema de planetas matematicamente baseado ao redor do sol. Ele lecionou em várias universidades européias, e tornou-se um cônego da igreja Católica em 1497. Seu novo sistema foi apresentado realmente pela primeira vez nos jardins do Vaticano, em 1533, ao Papa Clemente VII, que o aprovou, e Copérnico foi encorajado a publicá-lo sem demoras. Copérnico nunca esteve sob qualquer ameaça de perseguição religiosa - e ele foi encorajado a publicar a sua obra tanto pelo Bispo Católico Guise, como também pelo Cardeal Schonberg e pelo Professor Protestante George Rheticus. Copérnico se referia às vezes a Deus em suas obras, e não via seu sistema como em conflito com a Bíblia.

                                                                                                    



                                                                                                 2. Johannes Kepler (1571-1630)

Kepler foi um brilhante matemático e astrônomo. Ele primeiramente trabalhou com a luz, e estabeleceu as leis do movimento planetário em torno do sol. Ele também chegou perto de atingir o conceito Newtoniano da gravidade universal - bem antes de Newton nascer! Sua introdução da idéia de força na astronomia, a mudou radicalmente numa direção moderna. Kepler era um luterano extremamente sincero e piedoso, cujas obras sobre a astronomia continham escritos sobre como o espaço e os corpos celestiais representam a Trindade. Kleper não sofreu perseguição por causa de sua aberta confissão de um sistema heliocêntrico, e, deveras, foi lhe permitido, mesmo sendo um protestante, permanecer na Universidade Católica de Graz como um professor (1595-1600), quando outros protestantes tinham sido expulsos!


3. Galileu Galilei (1564-1642)


Galileu é freqüentemente lembrado por seu conflito com a Igreja Católica Romana. Sua obra controversa sobre o sistema solar foi publicada em 1663. Ela não tinha provas de um sistema solar heliocêntrico (as descobertas do telescópio de Galileu não indicavam uma terra em movimento), e sua única "prova", baseada sobre as marés, era inválida. Ela ignorou as órbitas elípticas corretas dos planetas, publicadas há vinte e cinco anos atrás, por Kepler. Visto que sua obra acabou colocando o argumento favorito do Papa na boca do tolo no diálogo, o Papa (um velho amigo de Galileu) ficou muito ofendido. Após o "teste" e, tendo sido proibido de ensinar o sistema heliocêntrico, Galileu fez sua obra teórica mais útil, que foi sobre dinâmica. Galileu disse expressamente que a Bíblia não podia errar, ele viu seu sistema relacionado ao assunto de como a Bíblia deve ser interpretada.


                                                                                4. René Descartes (1596-1650)
Descartes foi um matemático, cientista e filósofo francês, que tem sido chamado o pai da filosofia moderna. Seus estudos escolares fizeram com que ele ficasse insatisfeito com a filosofia precedente: Ele tinha uma profunda fé religiosa como um Católico, que ele reteve até o dia de sua morte, junto com desejo resoluto e apaixonado de descobrir a verdade. Aos 24 anos de idade teve um sonho, e sentiu o chamado vocacional para buscar trazer o conhecimento num único sistema de pensamento. Seu sistema começou perguntando o que se pode ser conhecido, se tudo mais for duvidoso - sugerindo o famoso "Penso, logo existo". Realmente, é freqüentemente esquecido que o próximo passo para Descartes foi estabelecer a mais próxima certeza da existência de Deus - porque somente se Deus existe e não queira que sejamos enganados pelas nossas experiências, podemos confiar em nossos sentidos e processos lógicos de pensamento. Deus é, portanto, central em toda a sua filosofia. O que ele realmente queira, era ver sua filosofia adotada como padrão do ensino Católico. René Descartes e Francis Bacon (1561-1626) são geralmente considerados como as figuras-chave no desenvolvimento da metodologia científica. Ambos tinham sistemas nos quais Deus era importante, e ambos pareciam mais devotos do que o normal para a sua era.


5. Isaac Newton (1642-1727)

Na ótica, mecânica e matemática, Newton foi uma figura de gênio e inovação indisputável. Em toda sua ciência (incluindo a química), ele viu a matemática e os números como centrais. O que é menos conhecido é que ele foi devotamente religioso e via os números como envolvidos no entendimento do plano de Deus, na Bíblia, para a história. Ele produziu uma grande quantia de trabalho sobre numerologia bíblica, e, embora alguns aspectos de suas crenças não fossem ortodoxos, ele estimava a teologia como muito importante. Em seu sistema de física, Deus é essencial para a natureza e a perfeição do espaço. Em Principia ele declarou: "Este magnífico sistema do sol, planetas e cometas, poderia proceder somente do conselho e domínio de um Ser inteligente e poderoso. E, se as estrelas fixas são os centros de outros sistemas similares, estes, sendo formados pelo mesmo conselho sábio, devem estar todos sujeitos ao domínio de Alguém; especialmente visto que a luz das estrelas fixas é da mesma natureza que a luz do sol e que a luz passa de cada sistema para todos os outros sistemas: e para que os sistemas das estrelas fixas não caiam, devido à sua gravidade, uns sobre os outros, Ele colocou esses sistemas a imensas distâncias entre si.".

                                                                                    6. Robert Boyle (1791-1867)

Um dos fundadores e um dos primeiros membro-chave da Sociedade Real, Boyle deu seu nome à "Lei de Boyle" para os gases, e também escreveu uma obra importante sobre química. A Enciclopédia Britânica diz dele: "Por sua vontade ele doou uma série de leituras, ou sermões, que ainda continuam, para defender a religião Cristã contra os infiéis notórios...Como um Protestante devoto, Boyle teve um interesse especial na promoção da religião Cristã no exterior, dando dinheiro para traduzir e publicar o Novo Testamento para o irlandês e turco. Em 1690, ele desenvolveu suas visões teológicas no The Christian Virtuoso (O Cristão Virtuoso), que ele escreveu para mostrar que o estudo da natureza era um dever religioso central". Boyle escreveu contra os ateus em seus dias (a noção de que o ateísmo é uma invenção moderna é um mito), e foi claramente um Cristão muito mais devoto do que a maioria em sua época.


7. Michael Faraday (1791-1867)

O filho de um ferreiro que se tornou um dos maiores cientistas do século XIX. Sua obra sobre a eletricidade e magnetismo não somente revolucionou a física, mas conduziu à muitas coisas que fazem parte do nosso estilo de vida hoje, as quais dependem dela (incluindo computadores, linhas de telefone e web sites). Faraday foi um Cristão devoto, membro do Sandemanianismo [Nota do tradutor: seita cristã fundada em aproximadamente 1730, na Escócia, por John Glas (1695-1773), um ministro presbiteriano da Igreja da Escócia, juntamente com o seu genro, Robert Sanderman, de quem é derivado o nome da seita], o que significativamente o influenciou e fortemente afetou a maneira na qual ele se aproximou e interpretou a natureza. Os Sandemanianos se originaram dos presbiterianos que rejeitaram a idéia de igrejas estatais, e tentaram voltar ao tipo de Cristianismo do Novo Testamento.


                         8. Gregor Mendel (1822-1884)


Mendel foi o primeiro a lançar os fundamentos matemáticos da genética, o qual veio a ser chamado "Mendelianismo". Ele começou sua pesquisa em 1856 (três anos antes de Darwin publicou sua Origens das Espécies) no jardim do Monastério no qual ele era um monge. Mendel foi eleito Abade de seu Monastério em 1868. Sua obra permaneceu comparativamente desconhecida até a virada do século, quando uma nova geração de botânicos começaram a achar resultados similares e a "redescobri-lo" (embora suas idéias não fossem idênticas às suas). Um ponto interessante é que 1860 foi a década da formação do X-Clube, dedicado à diminuição das influências religiosas e propagação de uma imagem de "conflito" entre ciência e religião. Um simpatizante foi Francis Galton, primo de Darwin, cujo interesse científico estava na genética (um proponente da eugenia - aperfeiçoamento da raça humana para "melhorar" o estoque). Ele estava escrevendo sobre como a "mente sacerdotal" não era propícia à ciência, enquanto que, quase ao mesmo tempo, um monge australiano estava dando um santo inovador na genética. A redescoberta da obra de Mendel veio tarde demais para afetar a contribuição de Galton.


9. Kelvin (William Thompson) (1824-1907)


Kelvin foi o primeiro dentre um pequeno grupo de cientistas britânicos que ajudaram a lançar os fundamentos da física moderna. Sua obra cobriu várias áreas da física, e é dito ele ter mais cartas com o seu nome do que qualquer outra pessoa na Comunidade Britânica, visto que ele recebeu numerosos graus de honorários das Universidades Européias, que reconheceram o valor de sua obra. Ele foi um Cristão muito comprometido, certamente mais religioso que a maioria de sua época. Interessantemente, seus companheiros físicos, George Gabriel Stokes (1819-1903) e James Clerk Maxwell (1831-1879), foram também homens de profundo comprometimento Cristão, numa era quando muitos eram Cristãos nominais e apáticos, ou simplesmente anti-Cristãos. A Enciclopédia Britânica diz: "Maxwell é considerado por muitos dos físicos modernos como o cientista do século XIX que teve a maior influência sobre os físicos do século XX; ele é posto ao lado de Sir Isaac Newton e Albert Einstein, por causa da natureza fundamental de suas contribuições". Lord Kelvin foi um criacionista da Terra antiga, que estimava a idade da Terra como sendo algo entre 20 milhões e 100 milhões de anos, com um limite máximo de 500 milhões, baseado nas taxas refrescantes.


                                                                                      10. Max Planck (1858-1947)

Planck fez muitas contribuições para a física, mas é mais conhecido pela teoria quantum, a qual tem revolucionado nosso entendimento dos mundos atômicos e sub-atômicos. Em sua palestra "Religião e Ciência Natural", Planck expressou a visão de que Deus está presente em todos os lugares, e sustentou que "a santidade da Deidade inteligível é transmitida pela santidade de símbolos". Os ateus, ele pensava, dão muita atenção ao que são meramente símbolos. Planck foi um representante da igreja de 1920 até a sua morte, e cria num Deus todo-poderoso, onisciente e beneficente (embora não necessariamente um Deus pessoal). Tanto a ciência como a religião travaram uma "incansável batalha contra o ceticismo e dogmatismo, contra a incredulidade e a superstição", com o objetivo "direcionado para Deus!"


11. Albert Einstein (1879-1955)

Einstein é provavelmente o cientista mais conhecido e mais altamente reverenciado do século XX, e está associado com as maiores revoluções em nosso pensamento sobre tempo, gravidade e a conversão de matéria em energia (E=mc2). Embora nunca tenha chegado a crer num Deus pessoal, ele reconheceu a impossibilidade de um universo não-criado. A Enciclopédia Britânica diz dele: 'Firmemente negando o ateísmo, Einstein expressou uma crença no "Deus de Espinoza, que se revela na harmonia do que existe'". Isto realmente motivou seu interesse na ciência, como ele certa vez afirmou a um jovem físico: "Eu não sei como Deus criou este mundo, eu não estou interessado neste ou naquele fenômeno, no espectro deste ou daquele elemento. Eu quero conhecer os Seus pensamentos, o resto são detalhes". O famoso epíteto de Einsten sobre o "princípio da incerteza" era que "Deus não joga dados" - e para ele esta foi uma real declaração sobre um Deus em quem ele cria. Uma das suas afirmações famosas é: "Ciência sem religião é coxa, religião sem ciência é cega".



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Tradução livre: Felipe Sabino de Araújo Neto
Cuiabá-MT, 18 de Setembro de 2004.