quarta-feira, 31 de julho de 2013

Avaliando com a Bíblia a visita e pronunciamento do papa Francisco - por Solano Portela



NOTA: Sermão pregado na Igreja Presbiteriana de Santo Amaro em 28.07.2013, baseado em um texto meu anteriormente postado no BLOG, atualizado para o contexto da visita do Papa ao Brasil, no final de julho de 2013.



LeituraMateus 9.35-38
E percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades.Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustascomo ovelhas que não têm pastor. E, então, se dirigiu a seus discípulos: A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara.

Introdução:
Certamente temos visto multidões, idosos e jovens, enfrentando a chuva, a lama, o frio, a ausência de transporte, a insegurança das cidades, para ver o Papa em sua visita ao Brasil, que começou na segunda-feira, 22.07.2013, e se estende até o último domingo do mês. A mídia tem divulgado a visita com tanta intensidade, que se você estava neste planeta, nestas últimas semanas, não pode ter ignorado a presença do Papa no Brasil. Por exemplo, a revista semanal de maior circulação e repercussão (VEJA) trouxe reportagens de capa sobre o acontecimento em duas semanas seguidas. Como avaliar a pessoa do Papa, a sua visita e os seus pronunciamentos? Como entender as expressões de fé e devoção encontradas nos olhares das multidões? O texto de Mateus 9.35-38 fala de multidões às quais não faltava religiosidade! Ao lado da curiosidade, havia devoção, ensino dogmático, religião, mas eram ovelhas "que não tinham pastor"! A sinceridade, mesmo presente, não era passaporte para a verdade! E o pastor de que se fala no texto, é um só - Cristo Jesus, fora do qual não há salvação. Quem é o Papa atual?

O cardeal argentino, Jorge Mario Bergoglio foi escolhido Papa (e assumiu o nome de Francisco) em um dia considerado por muitos “cabalístico” (13.03.13). Havia uma expectativa em muitas pessoas e na mídia de que o novo líder da Igreja Católica fosse um Papa “progressista”. Estes se espantaram com a sua posição em relação à união de gays; à questão do homossexualismo, que hoje em dia é propagada como “apenas” uma opção sexual; e sobre o aborto. Ele é contra, ponto final! Alguns católicos se espantaram porque ele não colocou, de início, o envolvimento social como prioridade máxima da Igreja. Em vez disso, contrariou a mensagem que tem soado renitentemente ao longo das quatro últimas décadas, especialmente em terras brasileiras, proclamada pelos politizados “teólogos da libertação”, ou da natimorta “teologia pública”. Ele aparentou priorizar as questões espirituais!

Desde o início do seu “Papado” certas declarações chamaram a atenção, também, dos evangélicos. Por exemplo, ele disse que a missão da Igreja é difundir a mensagem de Jesus Cristo pelo mundo. Na realidade, ele foi mais enfático ainda e afirmou que se esse não for o foco principal, a Instituição da Igreja Católica Romana tende a se transformar em uma “ONG beneficente”, mas sem relevância maior à saúde espiritual das pessoas! Depois, o viés mudou um pouco, especialmente nesta visita ao Brasil. A ênfase passou para uma postura de vida ascética e humilde, demonstrando uma frugalidade que, em uma era de opulência, corrupção, apropriação de valores alheios e desprezo pelos valores reais da vida, também soa saudável e pertinente!

Ei! Disseram alguns evangélicos – essa é a nossa mensagem!!

Bom, não seria a primeira vez na história que um prelado católico reconhece que a Igreja tem estado equivocada em seus caminhos e mensagem. Já houve um monge agostiniano que, estudando a Bíblia, verificou que tinha que retornar às bases das Escrituras e reavivar a missão da igreja na proclamação do evangelho, libertando-a de penduricalhos humanos absorvidos através de séculos de tradição. Estes possuíam apenas características místicas, mas nenhuma contribuição espiritual e de vida que fosse real às pessoas. Assim foi disparado o movimento que ficou conhecido na história como a Reforma do Século 16, com as mensagens, escritos e ações de Martinho Lutero, em 1517. Lutero foi seguido por muitos outros reformadores, que se apegaram à Bíblia como regra de fé e prática.

Será que estamos testemunhando uma “segunda reforma” dentro da Igreja Católica? Se algumas dessas declarações do Papa Francisco forem levadas a sério, por ele próprio e por seus seguidores, vai ser uma revolução. Mas é importante lembrar, entretanto, que proclamar a mensagem de Jesus Cristo é algo bem abrangente e sério. Existem implicações definidas e explícitas nessa frase. E a questão que não quer calar é: será que a Igreja Católica está disposta a se definir com coragem em pelo menos nessas cinco áreas cruciais? Examinemos uma a uma.

1. AS ESCRITURAS: Rejeitar apêndices aos livros inspirados das Escrituras. Ou seja, assumir lealdade apenas às Escrituras Sagradas, rejeitando os chamados livros apócrifos.Proclamar as palavras de Jesus, nesta área, é aceitar tão somente o que ele aceitou. Em Lucas 24.44, Jesus referiu-se às Escrituras disponíveis antes dos livros do Novo Testamento, como “A Lei de Moisés, Os Profetas e Os Salmos” – essa era exatamente a forma da época de se referir às Escrituras que formam o Antigo Testamento, em três divisões específicas (Pentateuco, livros históricos e proféticos e livros poéticos) compreendendo, no total, 39 livros. Representam os livros inspirados aceitos até hoje pelo cristianismo histórico, abraçado pelos evangélicos, bem como pelos Judeus de então e da atualidade. Ou seja, nenhuma menção ou aceitação dos livros apócrifos, não inspirados, que foram inseridos 400 anos depois de Cristo, quando Jerônimo editou a tradução em Latim da Bíblia – a Vulgata Latina[1]. Evangélicos e católicos concordam quanto aos 27 livros do Novo Testamento, mas essas adições à Palavra são responsáveis pela introdução de diversas doutrinas estranhas, que nunca foram ensinadas ou abraçadas por Jesus e pelos apóstolos. Além disso, na Igreja Católica, a própria TRADIÇÃO tem força normativa igual à Bíblia. Proclamar a palavra de Jesus ao mundo começa com a aceitação das Escrituras do Antigo e Novo Testamento, e elas somente, como fonte de conhecimento religioso e regra de fé e prática. Se não nos atemos a conhecer as Escrituras verdadeiras, caímos em erro, como alerta Jesus a alguns religiosos do seu tempo, que apesar de citarem as Escrituras, se apegavam mais às tradições do que à Palavra de Deus: “Não provém o vosso erro de não conhecerdes as Escrituras, nem o poder de Deus?” (Marcos 12.24). O livro do Apocalipse, no final da Bíblia, traz palavras duras tanto para subtrações como para ADIÇÕES às Escrituras: (22.18)   “Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico: Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos escritos neste livro; (22.19)   e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro”.

2. A MEDIAÇÃO COM DEUS: Rejeitar a mediação de qualquer outro (ou outra) entre Deus e as Pessoas, que não seja o próprio Cristo. Não acatar a mediação de Maria, e muito menos a designação dela como co-redentora, lembrando que o ensino da palavra é o de que “há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1 Timóteo 2.5). Na realidade, a Igreja precisa obedecer até à própria Maria, que ensinou: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (João 2.5); e Ele nos diz: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao pai, senão por mim” (João 14.6). Foi um momento revelador da dificuldade que o Papa tem na aderência a essa mensagem da Bíblia, observar sua homilia pública (angelus) de 17.03.2013. Após falar várias coisas importantes e bíblicas sobre perdão e misericórdia divina, finalizou dizendo: “procuremos a intercessão de Maria”... Ouvimos as próprias palavras do Papa: “No dia seguinte à minha eleição como Bispo de Roma fui visitar a Basílica de Santa Maria Maior, para confiar a Nossa Senhora o meu ministério de Sucessor de Pedro”.[2] Em Aparecida, nesta visita ao Brasil, ele também disse: “Hoje, eu quis vir aqui para suplicar à Maria, nossa Mãe, o bom êxito da Jornada Mundial da Juventude e colocar aos seus pés a vida do povo latino-americano”. “Que Deus os abençoe e Nossa Senhora Aparecida cuide de você”. Não é assim que irá proclamar a palavra de Jesus ao mundo, pois precisa apresentá-lo como único e exclusivo mediador; nosso advogado; aquele que pleiteia e defende a nossa causa perante o tribunal divino. Para o Papa, “a Igreja sai em missão sempre na esteira de Maria, mas o Povo de Deus sabe, que a igreja verdadeira segue a vontade de Deus, expressa em Sua Palavra.

3. O CULTO ÀS IMAGENS: Rejeitar as imagens e o panteão de santos composto por vários personagens que também são alvo de adoração e devoção devidas somente a Cristo. Essa característica da Igreja Católica está relacionada com a utilização de imagens de escultura, como objeto de adoração e veneração; e também precisaria ser rejeitada.[3] Ela contraria o segundo mandamento e desvia os olhos dos fiéis daquele que é o “autor e consumador da fé - Jesus” (Hebreus 12.2). Proclamar a palavra de Jesus ao mundo significa abandonar a prática espúria e humana da canonização de mortais comuns, pecadores como eu e você, em complexos, mas inúteis processos eclesiásticos, que não têm o poder de aferir ou atribuir poderes especiais a esses santos. Proclamar a mensagem de Jesus, seria abandonar a adoração e devoção à “Nossa Senhora Aparecida” e a tantas outras “Nossas Senhoras” e ídolos que integram a religião Católico-Romana. Vejam o que nos diz a Bíblia:

Salmo:
115.3   No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada.
115.4   Prata e ouro são os ídolos deles, obra das mãos de homens.
115.5   Têm boca e não falam; têm olhos e não vêem;
115.6   têm ouvidos e não ouvem; têm nariz e não cheiram.
115.7   Suas mãos não apalpam; seus pés não andam; som nenhum lhes sai da garganta.
115.8   Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem e quantos neles confiam.
115.9   Israel confia no SENHOR; ele é o seu amparo e o seu escudo.

Habacuque
2.18   Que aproveita o ídolo, visto que o seu artífice o esculpiu? E a imagem de fundição, mestra de mentiras, para que o artífice confie na obra, fazendo ídolos mudos?

Jeremias
10.3   Porque os costumes dos povos são vaidade; pois cortam do bosque um madeiro, obra das mãos do artífice, com machado;
10.4   com prata e ouro o enfeitam, com pregos e martelos o fixam, para que não oscile.
10.5   Os ídolos são como um espantalho em pepinal e não podem falar;necessitam de quem os leve, porquanto não podem andar. Não tenhais receio deles, pois não podem fazer mal, e não está neles o fazer o bem.

4. O DESTINO DAS PESSOAS: Rejeitar o ensino de que existe um estado pós-morte que proporciona uma “segunda chance” às pessoas. A doutrina do purgatório não tem base bíblica e surgiu exatamente dos livros conhecidos como apócrifos (em 2 Macabeus 12.45), sendo formalizada apenas nos Concílios de Lyon e Florença, em 1439. Mas Jesus e a Bíblia ensinam que existem apenas dois destinos que esperam as pessoas, após a morte: Estar na glória com o Criador – salvos pela graça infinita de Deus (Lucas 23.43 – “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” – e Atos 15.11 -  fomos salvos pela graça do Senhor Jesus”), ou na morte eterna (Mateus 23.33 – Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?”), como consequência dos nossos próprios pecados. Proclamar a palavra de Jesus ao mundo é alertar as pessoas sobre a inevitabilidade da morte eterna, pregando o evangelho do arrependimento e a boa nova da salvação através de Cristo, sem iludir os fiéis com falsos destinos.

5. AS REZAS: Rejeitar os “mantras” religiosos, que são proferidos como se tivessem validade intrínseca, como fortalecimento progressivo pela repetibilidade. É o próprio Jesus que nos ensinou, em  Mateus 6.7: “... orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos”. É simplesmente incrível como a ficha não tem caído na Igreja Católica, ao longo dos séculos e, mesmo com uma declaração tão clara contra as repetições, da parte de Cristo, as rezas, rosários, novenas, sinais da cruz etc. são promovidos e apresentados como sinais de espiritualidade ou motivadores de ação divina àqueles que os repetem. Proclamar a palavra de Jesus ao mundo é dirigir-se ao Pai como ele ensina, em nome do próprio Jesus, no poder do Espírito Santo, abrindo o nosso coração perante o trono de graça (Filipenses 4.6: Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças”).

Conclusão:
Assim, enquanto acompanhamos a visita, é verdade que podemos admirar a coragem deste homem, Jorge Bergoglio, que tem se pronunciado claramente contra alguns pecados aberrantes que estão destruindo a família e a sociedade. No entanto, muito falta para que a Palavra de Deus e os ensinamentos de Jesus façam parte real de sua mensagem e de uma igreja transformada pelo poder do Espírito Santo – como vimos em cada uma dessas áreas mencionadas (e em outras, também).

Em toda essa situação, podemos aprender algumas coisas: (1) Pedir a Deus que dê forças às nossas lideranças evangélicas, e a nós mesmos, para termos intrepidez no interpelar de governantes e da mídia, quando promovem leis e comportamentos que contradizem totalmente os princípios que Deus delineia em Sua Palavra. Estes princípios sempre são os melhores para o bem da humanidade, na qual o povo de Deus (incluindo nossos filhos e netos) está inserido. (2) Exercitar cautela em nossa apreciação e entusiasmo das ações e palavras do Papa – a idolatria e diminuição da intermediação de Cristo continuam bem presentes em sua visão religiosa e na Igreja que o tem como líder. Envolvimentos de evangélicos nessas celebrações são totalmente desprovidas de base bíblica - representam um descaso por essas profundas diferenças doutrinárias que representam a diferença entre a vida e a morte espiritual das pessoas. (3) Clamar a Deus por misericórdia e salvação real para o nosso povo e para a nossa terra. Como é triste em ver tantos olhos e esperanças fixados em santos, mitos, misticismo e na pessoa humana, em vez de no Deus único soberano. O Deus da Bíblia é a esperança de nossas vidas. É ele que nos alcança e nos fala em Cristo Jesus, pelo poder do Espírito Santo. Esse nosso Deus é real e eterno e não temporal como o Papa.

Solano Portela

extraído 

quarta-feira, 10 de julho de 2013

As ÚItimas Palavras de Davi - parte 1 - Paul Tripp

Pense comigo por um momento: se você estivesse em seu leito de morte, com seus filhos em pé ao seu redor, o que você diria? Se você soubesse que não podia afastar a morte, mas tivesse vitalidade suficiente para dizer algumas palavras finais, que palavras você escolheria?
Não consigo pensar em nenhuma palavra melhor do que os registrados para nós em 1 Reis 2:1-9.David está no final do seu reinado de quarenta anos, e sua morte é iminente. Ele traz seu filho Salomão, o futuro rei de Israel, para o lado dele e o enche com palavras de sabedoria.
Eu divido "as últimas palavras de Davi" em cinco artigos curtos, e nós vamos observar cada um ao longo das próximas cinco semanas. Como sempre, perguntas para reflexão são fornecidos com a Palavra de cada quarta-feira, se você quiser usar isso como um recurso para sua devoção pessoal ou de um grupo pequeno.

1. CONHEÇA SUA FONTE DE FORÇA

"Seja forte, e mostra-se um homem." (1 Reis 2.2)

Deixe-me dizer-lhe primeiro o que Davi não está dizendo: ". Certifique-se de bombar muito ferro, caçar e pescar, falar com uma voz grossa, e intimidar as pessoas" Essa primeira instrução não tem nada a ver com ser um "macho".
Definição de força e masculinidade de Davi tem tudo a ver com o Senhor. Davi era um homem que sabia onde a força era para ser encontrado. Ele era um rei que sabia onde estava a coragem de ser encontrado. Ele era um líder que sabia que a razão de ser decisivo. Mas nada de sua confiança estava em sua própria força.
Davi falou de Deus ser a sua força (Salmo 28:7), ele entendeu a teologia da força. O que é que a teologia da força está dizendo? Aqui está: como um filho de Deus, a sua força não está na qualidade de seu intelecto, ou a variedade de sua experiência, ou em seus músculos físicos, ou a força de sua personalidade. Sua força é encontrado no Senhor Todo-Poderoso, que fez o Seu filho.
Davi não só conhecia a teologia da força em sua cabeça, ele sabia por experiência. Este é o jovem que caminhava no vale de Elá, depois que o Exército de Israel, durante quarenta dias, teve medo, e disse: "O Senhor que me livrou das garras do leão e das garras do urso vai me livrará das mãos deste filisteu. " (1 Samuel 17:37).
Qual é a sua definição de força? Eu não estou falando sobre a definição de Merriam-Webster, quero dizer a definição de "rubber-bate-the-road". É a sua confiança definido por seus próprios sucessos e pontos fortes? Ou é a sua confiança moldada por seu potencial em Cristo Jesus?
Como Davi fala, ele quer saber onde verdadeira força de Salomão era encontrada. Os próximos quatro comandos de Davi não fará qualquer sentido a não ser que Salomão seja forte. E Davi quer seu filho para conhecer a verdadeira força.
Deus o abençoe,
Paul David Tripp

PERGUNTAS PARA REFLEXÃO

  1. Passe algum tempo à procura de passagens sobre a força. Os Salmos são um ótimo lugar para começar.
  2. Como a sua cultura define força? Como é que se chocam com a definição de força nas Escrituras?
  3. Quais são algumas de suas próprias forças? Você está sempre tentado confiar nas pessoas em vez de Cristo?
  4. Como você pode crescer em sua teologia prática de força?

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Um Artigo Sobre Namoro - Adolescentes e Jovens (extraído)

Série Adolescente Solteiro = Normal - Para os Pais, Mães e Responsáveis         


Um pai em minha congregação me perguntou que tipo de perguntas um pai deve fazer a um jovem (Não Adolescente) que deseje cortejar sua filha. Uma coisa é afirmar que os pais devem ser ativos na proteção de suas filhas, mas outra bem diferente é descobrir que tipo de questões específicas é adequado se fazer. Na posição de pai de duas jovens, agora casadas com segurança, e como um pastor que frequentemente dá conselhos aos jovens antes mesmo que anunciem seus interesses e intenções, compilei esta lista que, embora não seja definitiva, deve servir como uma lista de ideias para se começar:


  


 1. Fale-me sobre sua formação espiritual. Como você foi educado na igreja? Em que ponto sua experiência espiritual se tornou real para você? Alguma vez você teve um período de rebelião espiritual?

2. Qual foi a última vez em que você leu a Bíblia inteira ou pelo menos o Novo Testamento?

3. Você frequenta os cultos todos os domingos?

4. Descreva o casamento dos seus pais para mim. Quais as lições de valor que você aprendeu dos seus pais? [Em caso de divórcio ou outros problemas conjugais graves] O que você aprendeu desses problemas? O que você aprendeu a não fazer? [Em casos em que o pai injustiçava a mãe] O que você fazia para ajudar e encorajar sua mãe?

5. Como é o seu relacionamento com o seu pai? E com a sua mãe?

6. Se eu tivesse como ouvir uma conversa do dia-a-dia entre você e a sua mãe, você concordaria que esse seria exatamente o modo como você irá tratar minha filha daqui a dez anos? Se sim, por quê? Se não, por quê?

7. Quantos irmãos e irmãs você tem? Como você se relaciona com eles?

8. Que tipo de trabalhador você é?

9. Quantos trabalhos você já teve em sua vida inteira, e o que os seus chefes pensavam sobre você? Eles lamentaram você ter de sair ou agradeceram por você ter ido embora?

10. O que você crê que Deus está lhe chamando a fazer como vocação? Daqui a dez anos, o que você acredita que estará fazendo?

11. Que passos você está seguindo para alcançar esse objetivo?

12. Qual foi a sua média na faculdade? Como assim?

13. Quanto dinheiro você conseguiu no ano passado? Você paga suas contas em dia? Você tem alguma dívida acumulada?

14. Por favor, descreva a natureza de suas dívidas (empréstimos para pagar os estudos, carro, casa, cartões de crédito, ou gastos com sites pornôs).
15. Falando em sites pornôs, você tem algum problema com pornografia?

16. Se tiver, por favor, descreva a natureza e a extensão do problema. [É importante aqui que os pais distingam entre as lutas constantes que um jovem normal provavelmente enfrenta, e o tipo de comportamento obsessivo que indica problemas muito mais profundos, como o desprezo pelas mulheres, ou uma viciosa falta de autocontrole. O casamento deverá corrigir o primeiro tipo de problema “normal”, mas irá apenas exacerbar o segundo tipo de problema patológico].
17. Há algo em sua história sexual que eu precise saber? Um casamento arruinado? Ter vivido com uma garota dois anos antes de se tornar cristão? Viver com uma garota seis meses antes de se tornar cristão? Ter engravidado três garotas no colégio?

18. Você já participou, mesmo que apenas para experimentar ou por qualquer outro motivo, em qualquer perversão sexual? Homossexualismo? Molestar uma criança? Fazer sexo com animais?

19. Você já teve algum tipo de problema com a justiça?

20. Descreva minha filha para mim. Como você acha que ela é?

21. O que você acha mais atrativo nela? Você realmente acha que ela seria uma benção para você? Por que você acha que seria uma benção para ela?

Pastor Douglas Wilson - Reformed Churc Holland
Tradução: Márcio Santana Sobrinhofonte internet:monergismo 

terça-feira, 2 de julho de 2013

Em Que Mundo Criaremos Nossos Filhos? - extraído


EM QUE MUNDO CRIAREMOS NOSSOS FILHOS?
Hélder Cardin*

Escutei esta pergunta pela primeira vez há 15 anos. Eu a disse pela primeira vez há oito anos quando, já casado, conversava com minha esposa sobre termos filhos. Hoje, com 11 anos de casado e dois filhos na aljava, escuto o eco da dúvida na selvageria do mundo em que vivemos.
Um mundo que torce a verdade pela mentira; redefine princípios e valores em prol da mera conveniência pessoal; nega Deus e ridiculariza os que nele creem; exalta o ter em detrimento do ser; perverte a pureza sexual por uma pretensa liberdade de escolha; crê no acaso e diz não haver sentido na vida e na história e, por isso, cada um deve buscar seu próprio rumo; diz plantar liberdade, mas não colhe muito além de escravidão. Enfim, este é o mundo no qual vivemos. Um mundo desesperançoso frente seu próprio relativismo e incapacidade para ajudar o ser humano a achar um rumo na vida.
Diante disso, a questão acima deveria ser: como educar nossos filhos a fim de sobreviverem a este mundo? Sobreviver. Esta é a palavra que pais, pastores e líderes de mocidades usam para se referirem ao jovem cristão que entrou na universidade e saiu de lá “ainda cristão”. Um jovem que sobreviveu às pressões e tentações, ofertas fáceis do pecado e tudo quanto o separa de Deus. Talvez não tenha saído ileso (como na maioria dos casos), mas saiu vivo.
O que fazer? Gostaria que a resposta fosse fácil de dar e praticar, mas não é. Entendo que precisamos ajudá-los: (1) a adquirirem um conhecimento pessoal de Deus a fim de terem sua própria fé, não apenas a “fé de seus pais”; (2) a se fundamentarem no conhecimento absoluto e prático da Palavra de Deus; (3) a entenderem seu papel no mundo bem como o sentido de suas vidas; (4) a terem situações reais de convívio com outros cristãos comprometidos com Cristo em suas vidas profissionais, afetivas, familiares, financeiras e eclesiásticas, para que vejam que é possível ser cristão e bem- sucedido.
Sucesso não conforme o mundo o define, mas nossos filhos precisam ver que podem ter uma vida bem-vivida, serem profissionalmente realizados, terem estabilidade emocional e serem moralmente santos, sem abandonarem os princípios e valores bíblicos. Não um pelo outro ou em detrimento do outro, mas um por causa do outro. O todo da vida por causa do compromisso com Deus, e este compromisso norteando o todo da vida no mundo. Tudo isso pela ótica bíblica. Uma ótica que nos diz que antes de alguém ser advogado, engenheiro, pastor ou professor, ele é cristão. Cristão médico, cristã professora.
Em que mundo, então, criaremos nossos filhos? Naquele, inclusive, em que hoje estivermos espelhando a transformação conforme o caráter de Cristo e os princípios eternos da Palavra de Deus.


Hélder Cardin* Coordenador da graduação do Seminário Bíblico Palavra da Vida. Mestre em Teologia Pastoral pelo Centro de Pós-graduação Andrew Jumper