terça-feira, 29 de abril de 2008

VÍCIO SEXUAL - parte I


Resolvi escrever algumas postasgens referentes aos pecados que rodeiam o sexo e pornografia. Por um bom tempo fui escravo desses pecados e descobri que não existem cadeias que resistam ao amor de Deus e ao Seu perdão. Se você enfrenta momentos que degradam sua vida nessa área, espero poder lhe ajudar. Desde já gostaria de lhe indicar dois livros que muito me auxiliou no aconselhamento de pessoas com problemas de sexo ilícito e pornografia: No Altar da Idolatria Sexual e Aconselhamento de Compulsivos por Sexo, ambos de autoria de Steve Gallagher - Ed. Graça. O que você vai ler abaixo é uma parte do livro No Altar da Idolatria Sexual. Boa leitura!


VÍCIO SEXUAL


"Quanto ao ímpio, as suas iniquidades o prenderão, e, com as cordas do seu pecado, será detido." (Provérbios 5.22)


COMO TUDO COMEÇA


Jimmy foi apresentado a pornografia quando tinha sete anos. Um dia, seu irmão mais velho o levou para a casa de um amigo cujo pai vendia fitas pornográficas. Enquanto Jimmy assistia deslumbrado às fitas, os outros dois desapareceram, indo para um quarto, o que ele mais tarde compreendeu que fora um encontro homossexual. Jimmy nunca mais seria o mesmo. Essa exposição inicial conduziu-o a toda uma vida de escravidão à pornografia, que o transformou em um viciado sexual maduro (o irmão de Jimmy, também um viciado sexual, alguns anos depois, seria condenado por estuprar e assassinar duas mulheres e uma menina).

Richard foi apresentado ao sexo pela primeira vez quando era adolescente, e foi convidado para ir à casa de um amigo para participar de uma orgia. Durante anos, levou uma vida obcecada pelo sexo. Logo depois de se casar, com muita manipulação e subterfúgios ininterruptos, ele conseguiu convercer sua esposa a incorporar o "estilo de vida liberal" em seu casamento. Por 12 anos, Rebeca, sua esposa, viveu em vergonha e degradação constante, até que ela encontrou Jesus Cristo, e sua vida intiera mudou. Ainda passaria muitos anos até Richard fazer a mesma descoberta.

Um dia, enquanto ainda era adolescente, Glen estava caminhando pela estrada, de volta para casa, depois da escola. Enquanto ele andava com passos pesados, despreocupadamente, um carro parou no acostamento da estrada cerca de 800m à sua frente. Glen ficou muito curioso quando viu uma caixa sendo atirada para fora do carro. Quando ele alcançou a caixa, abriu-a e encontrou centenas de revista pornográficas. Sua vida nunca mais foi a mesma. Mesmo depois de tornar-se cristão quando estava na faculdade, anos de vício sexual se seguiram. Glen tornou-se gerente geral de uma estação de rádio cristã, a despeito de sua luta contínua contra a pornografia. A verdade sobre sua vida secreta finalmente foi revelada quando ele deixou sua esposa devota e fugiu com a esposa de um pastor.

Bob foi apresentado à pornografia pela primeira vez quando descobriu revistas de sexo explícito debaixo da cama de seu pai. Anos de escravidão se seguiram. Quando a pornografia já não o excitava mais, ele começou a andar furtivamente ao redor de casas para espiar pelas janelas. Ele passava horas em uma janela, esperando o vislumbre de um corpo nu. Depois de arruinar um casamento e quase o mesmo com outro, Bob finalmente buscou ajuda.


sexta-feira, 25 de abril de 2008

JÁ É HORA DE ACORDAR!





Já é Hora de Acordar


(Primeiros Momentos do Dia em Família)


Pr. David J. Merkh


Um homem tinha dois ingressos preferenciais para a final do Mundial de Futebol. Quando ele chega ao estádio e toma seu lugar na arquibancada, outro homem nota que o lugar ao lado dele está vazio. Ele se aproxima e pergunta se o assento está ocupado. Não, não está ocupado - responde. Assombrado, o outro homem diz: É incrível! Quem, em seu juízo perfeito, tem um lugar como este, para a final do Mundial de Futebol, o evento mais importante do mundo, e não o usa?
O homem olha para ele e responde: Bom, na realidade, o lugar é meu. Eu o comprei há dois anos. Minha esposa viria comigo, mas ela faleceu. Este é o primeiro Mundial ao qual não assistiremos juntos desde que nos casamos, em 1982.
Surpreso, o outro lhe diz: Oh! Que pena que isso tenha acontecido. É terrível, mas você não encontrou outra pessoa que pudesse vir no lugar da sua esposa? Um amigo, um vizinho, um parente ou uma outra pessoa que quisesse o lugar?
O homem nega com a cabeça e responde: Não, todos preferiram ficar para o velório.

PRIORIDADE


Todo mundo as tem. Como frequentemente ouvimos, sempre achamos tempo para as coisas que realmente nos são importantes. Mas já é hora de acordar—literal e figurativamente—para nossas prioridades, especialmente na hora de acordar.
Temos que acordar para o fato de que a maneira pela quel iniciamos o dia tem muito a ver com o clima do resto do dia. Temos diante de nós duas opções: levantar de pé esquerdo (frase que arrepia minha esposa canhota), de mal humor que contamina todos ao nosso redor; ou acordar ciente da misericórdia e da graça de Deus que se renovam a cada dia, com uma alegria contagiante.
Percebemos a importância dos primeiros momentos do dia para estabelecer o “tom” do dia em vários textos bíblicos. Reparamos que o patriarca e “pai pastor”, Jó, “de madrugada . . . oferecia um holocausto em favor de cada um [de seus filhos]” (Jó 1.5). Jesus muitas vezes saía para passar tempo em comunhão com Seu Pai de madrugada, antes de iniciar as atividades do dia (Mc 1.35, Lc 6.12). Moisés, pelo Espírito, chama pais para ficarem “de vigia” desde os primeiros momentos do dia para educarem seus filhos: “Ensine [as palavras de Deus] com persistência a seus filhos. Converse sobre elas . . . . quando se deitar e quando se levantar” (Dt 6.7).
Para os casados e pais, a maneira pela qual enfrentamos os primeiros momentos do dia e os primeiros contatos com nosso cônjuge e filhos têm o poder de influenciá-los durante o dia todo. Infelizmente, vai contra a natureza humana da maioria pular da cama “feliz de vida”. Sem uma obra sobrenatural do Espírito de Deus, tendemos a revelar nosso coração “nu e cru” enquanto ainda não tivemos oportunidade de pintar nossa máscara mais “espiritual”. Por isso precisamos que Ele faça Sua obra de transformação em nós desde os primeiros momentos do dia. “Desperta, ó tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo resplandecerá sobre ti!” (Ef 5.14).
Só Deus pode transformar nossa tendência natural para egoísmo, isolamento, reclamação e irritação no início do dia, para algo que reflita o Fruto do Espírito em nossa vida—amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, etc. (Gl 5.22). Pense na última vez que você acordou atrasado, e já havia uma fila para o banheiro, e não sobrou nenhum pãozinho para seu café da manhã!
Para isso, cabe a nós “acordar” para algumas prioridades que podem e devem marcar até mesmo os primeiros momentos do dia, estabeleçendo um tom agradável para o resto do dia. Oferecemos algumas sugestões que precisamos sempre lembrar em nossa família, e que talvez sejam úteis em sua. Não são necessariamente aplicáveis para todas as famílias em todas as situações. Mas talvez nos cientizem da importância de melhorar o ambiente em casa e permitir que Deus use os primeiros momentos do dia para a glória dEle.


1. Acordem com tempo suficiente para começar bem o dia. Para muitas famílias, a luta se perde na noite anterior. Perdemos a hora, acordamos tarde e acordamos mal. Estragamos o resto do dia quase antes que ele começa. Mesmo sendo difícil, precisamos nos disciplinar para acordar com tempo suficiente para alcançar as prioridades que temos para o início do dia. (Esse princípio também se aplica para domingo!)


2. Antes de sair da cama, passe alguns momentos em oração. Prepare seu espírito para o novo dia. Agradeça a Deus pela noite de descanso. Peça que Ele controle suas palavras, atitudes e ações. Confesse sua ansiedade, irritabilidade e egoísmo. Entregue seus afazeres do dia. Algumas pessoas conseguem ter uma “hora silenciosa” logo no início do dia. Outros preferem esperar um momento em que não precisam de palitos de dente para manter os olhos abertos. Talvez você não gaste mais de 30 segundos em oração, mas esses momentos de preparo espiritual podem fazer toda a diferença no dia.


3. Seja moderado nos primeiros contatos com outros seres humanos. Muitas pessoas demoram para realmente acordar. Infelizmente, essas pessoas, que só podem ser declaradas “vivas” depois das 10 hs. da manhã ou o terceiro cafezinho, normalmente casam-se com pessoas que pulam da cama de madrugada com cânticos de júbilo e glórias ao Senhor. Os dois precisam de moderação—o dorminhoco para ser um pouco mais social e amigável, e o que acorda com os pássaros para ser menos intrusivo na sonabulância do seu amado.


4. Procure focalizar em outros e não em si mesmo. Minha esposa faz isso. Logo depois de acordar, sempre me pergunta como eu passei a noite, ou como estou sentindo. Normalmente demora pelo menos mais 15 minutos antes que eu “saia de mim mesmo” para fazer as mesmas perguntas e mostrar interesse nela. Estou aprendendo com ela a ser um pouco menos egoísta e pensar nos outros acima de mim mesmo. Podemos fazer isso sem longos discursos ou fanfarra-. Um cumprimento simples e alegre, “Bom dia, Júnior!” e perguntas rápidas sobre seu bem-estar, “Descansou bem?” são mais que suficientes para iniciar bem o dia.


5. Discipline suas palavras e atitudes. Temos que conhecer a nós mesmos e os membros da nossa família. Devemos reconhecer nossos pontos fortes e fracos, e mostrar paciência e tolerância diante das irritações inevitáveis no início do dia. Será que o Apóstolo Paulo pensava na fila para o banheiro quando escreveu, “Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade. Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros . . .”? (Ef 4.31,32). Peça a Deus que a vida de Jesus seja manifestada através de você e suas palavras no início do dia, mesmo quando falta pasta de dente, o leite acabou, alguém deixou cabelos no ralo do chuveiro e outra pessoa já pegou as páginas do jornal que você queria ler antes de você!


6. Na medida do possível, tomem café juntos. Para muitas famílias, talvez seja difícil todos estarem juntos para o café da manhã. Mas mesmo que seja pouco tempo, resgatar essa primeira refeição do dia como momento em conjunto pode reforçar não somente a nutrição saudável, mas relacionamentos saudáveis também.


7. Estabeleça um tom agradável ao redor da mesa. Os pais precisam tomar a frente na luta para iniciar bem o dia. Não tolere palavras ásperas, murmuração, gritaria ou egoísmo. “Passe o café, seu burro” tende a alienar as pessoas! O tom do dia começa com a atitude e com o exemplo dos prórprios pais.


8. Orem juntos. Antes ou depois do café, com todos presentes, orem simples e rapidamente pelas atividades do dia. Algumas famílias gostam de fazer uma devocional juntos nesta hora. Para a maioria, o corre-corre exige algo mais conciso, deixando o “culto doméstico” para o final do dia. O que importa é que os pais e filhos se interessem cada um na vida e nos desafios do outro. Assim os pais podem preparar os filhos para enfrentar tentação ou ridicularização pelos colegas, uma prova difícil, um evento esportivo importante. Os filhos ficam mais “por dentro” das responsabilidades no serviço e no cuidado do lar que os pais enfrentarão. Todos buscam a Deus juntos para a força necessária para superar os obstáculos do dia.
Nossas ações refletem nossas prioridades. Seja na arquibancada de um estádio de futebol, seja na fila do banheiro ou ao redor da mesa, sempre estamos a mostrar quem somos e o que valorizamos. Mais que qualquer outro momento do dia, reconhecemos a validade das palavras de Jesus: “Sem mim, vocês não podem fazer coisa alguma” (Jo 15.5). Mas Jesus quer, e pode, transformar o início do dia em momentos que nos proopulsionam pelo dia inteiro. Realmente já é hora de acordar.
Que Deus possa abençoar sua família ricamente,
Missão Evangélica SEMEAR
Douglas Sborowski

QUAM ME FEZ PECAR ? - Tiago 1.13-16





Este artigo foi extraído do site http://www.palavraefamilia.org.br/, de autoria do Pr. David J. Merckh, que é o coordenador de mestrado do Seminário Bíblico Palavra da Vida. Merckh têm sido um exemplo a ser seguido por mim, na área de vida espiritual e fidelidade das Escrituras. É autor de vários livros com foco familiar e relacionamentos conjugais, dos quais destaco a coleção Estabelecendo Alicerces, Erguendo Paredes, Mobiliando a Casa e Enfrentando Tempestades. Temos usado esse material em nosso ministério na igreja local e recomendo, pois temos obtido resultados positivos dentro das famílias de nossa igreja. Leia o artigo e reflita. Se quiser opnar sobre o artigo, envie seu comentário para nosso email missaosemear@netsite.com.br


ARTIGO


Pr. David J. Merkh (revisão por Adeildo Luciano da Conceição)

Quando André aceitou assumir a diretoria daquela escola publica já sabia que teria muito trabalho pela frente. Aquela escola era muito conhecida pela indisciplina dos alunos, mas, ele estava disposto a mudar esta situação. Então ele começou seu trabalho chamando os alunos a sua sala.
- Pedro, perguntou o diretor, por que você roubou os biscoitos de seu amigo?
- Sabe o que é, disse Pedro, é que meus pais discutiram quando eu tinha seis anos de idade e hoje eu não consigo parar de comer. E depois eu iria pagar pelos biscoitos
... André ficou surpreendido com aquela resposta, mas era apenas o começo. Veja o que disseram outros alunos:
- Beatriz, por que você falta às aulas de educação física?
- É porque eu tenho um defeito genético que me faz detestar educação física.
- Patrícia, por que você não faz sua lição de casa?
- Porque minha mãe não me dá chocolate. O senhor tem que dizer para ela que se ela não me der chocolate eu não vou fazer a lição mesmo, e vou ser burra pelo resto da vida. Será que ela não entende?
- Paulo, por que você não assiste às aulas de geografia?
- Porque eu tenho trauma de geografia.André ficou impressionado com a capacidade daqueles alunos de justificarem seu mau comportamento.
Vivemos em dias de vitimização, em que o homem faz de tudo para não assumir a culpa pelo seu pecado. Incrível o que faríamos, as desculpas que inventaríamos, para não admitir que somos ruins, pecadores eculpados.
Quem me faz pecar? Certamento não pode ser minha a culpa. Tem que haver alguém que posso culpar.Mas como vamos descobrir, reconhecer que a fonte do pecado está dentro em mim, e não fora, é um dos primeiros sinais de alguém que tem uma fé viva. De fato, é condição ou pré-requisito para uma fé verdadeira, pois sem esse reconhecimento ninguém se salva!
O verdadeiro crente por definição vive a sua fé no nível do coração., Esse é um dos problemas com muito evangelismo dos nossos dias. Tentamos salvar pessoas que não sabem que estão perdidas! Oferecemos Jesus como se fosse mais uma opção de auto-ajuda, ou talvez uma amuleta para trazer prosperidade e boa sorte, e não a única esperança de pessoas desesperadas, em perigo de eterna condenação no inferno. Mas ninguém vai querer ser achado quando não sabe que está perdido. Ninguém se salva quando não sabe que está condenado.
O autor bíblico, Tiago, já 2000 anos atrás, antecipava essa tendência do coração humano de culpar a todos menos a si mesmo pelo pecado. Pior é que, quando culpamos aos outros, estamos de fato culpando o próprio Deus pelo nosso pecado.
Olhando para o texto de Tiago 1.13-16 percebemos como ele lidava com esta tendência do coração humano. Primeiro ele deixou uma clara proibição de não jogar a culpa pelo pecado em outros, principalmente Deus e, segundo, ele explicou que a raíz de todo pecado não está nos outros, mas, sim, em mim mesmo.


I. A Proibição: Não Culpar a Deus pelo meu Pecado 1.13)
Alguns leitores de Tiago estavam culpando a Deus por uma provação que levava ao pecado. Como alguns hoje não pagam seus impostos e se justificam dizendo: “Se eu pagar tais impostos minha empresa não vai sobreviver”, muitos ali se justificavam com desculpas semelhantes.Mas essas justificativas pelo pecado, em efeito, culpavam o próprio Deus que prometeu Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel, e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar (1 Co 10:13).
Afirmar que outros são responsáveis pelo meu pecado é o caminho mais fácil e mais popular de escaparmos responsabilidade pessoal. A palavra “tentação” constroi uma ponte entre esse parágrafo e o anterior. É a mesma palavra traduzida “provação” e “tentação”. A idéia é de uma situação difícil que provoca uma resposta. Mas tudo depende de quem origina a situação. Quando Deus nos coloca numa situação de provação, sempre é para nos aprovar, mostrar genuína nossa fé. Quando o Inimigo explora desta mesma situação, é para nos derrubar, desqualificar e, acima de tudo, para sujar o nome do nosso Deus. Quando provados, podemos dizer que somos testados por Deus, para revelar Seu Filho em nós. Mas nunca, nunca, podemos dizer que Deus é responsável direta ou indiretamente por nos colocar numa situação que nos provoca a pecar.
Talvez você esteja pensando, “Mas eu nunca iria culpar a Deus pelo meu pecado.” Mas pense de novo. Somos experts em racionalização e justificação do nosso pecado. Temos “n” maneiras de passar a culpa pelo nosso próprio a outros e, na última análise, no próprio Senhor.
A expressão Deus não pode ser tentado pelo mal indica que não há nada em Deus que corresponda à tentação. Não há nada em Deus que possa ser seduzido a fazer o mal. É como alguém que tenta agarrar com suas mãos a neblina da manhã: sua tentativa será tola e inútil.
Uma vez que Deus não é seduzido pelo mal e nada há nele de mal, Ele não é a fonte nem o responsável, direta ou indiretamente, pelo meu pecado. Seria totalmente incoerente para Deus tentar incitar alguém ao mal, visto que Ele é tão distante do pecado que não podia nem encarar seu próprio Filho na cruz do Calvário.
Gostaria que você me acompanhasse por um pequeno tour, primeiro pelo mundo, depois pelas Escrituras, para descobrir como o homem atual não é muito diferente do que o homem antigo em termos do desvio da culpa.
O Mundo Atual Como culpamos a Deus e outros pelo nosso pecado? Uma variedade de respostas, que refletem a degradação dos nossos tempos, são encontradas. Boa parte das tentativas científicas, filosóficas, teológicas e psicológicas dos nossos dias tem como propósito isentar o homem da culpa e transferí-la para outros!


CIÊNCIA


Evolução—o homem é produto de tempo + chance ou “acaso”. Um mesclar de átomos formando, por acaso, moléculas, um conglomerado a-moral que, graças à sorte, formaram um ser inteligente. Então, não sou eu culpado pelo “pecado” (se tal existe) mas sim, o conjunto de elementos e qúimicas que compõem o “Eu”


Medicina—o homem está “doente”, mas não culpado. Ele sofre da doença de alcoolismo, mas não pode ser chamado um “alcoólatra” ou bêbedo (hoje, usa-se o novo termo, “acoolista” para dar a idéia de que ele é vítima do álcool, não um adorador dele.) Pessoas que abusam da comida tem transtornos alimentares quando de fato são bolímicas ou glutonas.
Genética—o homem é produto de DNA, genes e cromossomos e é programado por eles para ser o que é.


PSICOLOGIA


Behaviorismo—o homem é produto do seu ambiente. Ele é um animal, que quando condicionado pelo mal, mau se tornará, mas quando condicionado pelo bem, será bom. Culpado é o ambiente.


Auto-estima—a raiz de todos os males é que não me amo o suficiente . . . por isso, fico desanimado, bebo demais, fofoco, minto, etc. Culpado são os que me oprimiram.
Trauma e Regressão à Infância— Os verdadeiros culpados são meus pais e Deus.


Vitimização—não sou membro de uma família conturbada pelo pecado, mas uma família disfuncional.


Psicánálise—sou dirigido por instintos básicos que, quando remprimidos, me levam a extrapolar meus desejos. Complexos sexuais causados pelos pais, pela sociedade, pelo id, ego ou contra-ego, mas certamente não pela minha natureza pecaminosa. Culpada é a sociedade, a religião e o instinto básico.


TEOLOGIA / FILOSOFIA


Pós-modernismo. O mundo atual evoluiu para uma filosofia/teologia de pós-modernismo. O que enfrentamos hoje quando fazemos a pergunta, “Quem é responsável pelo meu pecado?” é “O que é pecado?” O pecado se tornou relativo. (Pós modernismo não é tão pós-moderno assim . . . quase 4000 anos atrás na época dos juízes havia muitos pós-modernistas: “Cada um faz o que era reto aos seus próprios olhos.” No mundo hoje, não existe absolutos. Ninguém tem o direito de dizer “Isso é errado” ou “aquilo é pecado”. Se não existe um absoluto, estou livre do pecado, pois afinal, não existe pecado quando não há lei. Eu sou minha própria lei. Por isso listamos pós-modernismo como resposta “teológica” à questão da culpa e do pecado.


Batalha espiritual—Mas existem outras tentativas mais sutis de minimizar o pecado, mais “espirituais”. O que se vê em muitas igrejas hoje é uma ênfase em batalha espiritual que tem praticamente o mesmo efeito de isentar o indivíduo do seu pecado. Em algumas formas de batalha espiritual os demônios é que são responsáveis pelo pecado do homem. Alguns movimentos chegam a dar nomes para esses demônios que não encontramos de forma alguma na Bíblia. O efeito é que, de forma sutil, culpamos a outros e não a nós mesmos pelo pecado: Tenho o demônio de depressão . . . de ira . . . de fornicação . . . de espancamento . . . de sonegação . . . de mentira . . . É muito cômodo, então, fazer um exorcismo, algum rito religioso, para me livrar do “demônio” e também da culpa. Mas enquanto não tratamos da raíz, esses “demônios” voltam..


Maldição de família—Uma outra forma “religiosa” de me justificar e isentar da culpa é pela doutrina da “maldição de família”. Não sou eu o responsável pelo pecado, pois tenho fantasmas pairando sobre meu passado; ancestrais que são responsáveis pelo que sou. Precisoregressar, renunciar, decretar para me livrar dessa maldição que me força a pecar. Mas de novo, não sou eu mas outros (e na última análise, o próprio Deus que me colocou nessa família) que são responsáveis pelo meu pecado.


Cura Interior—Certamente há necessidade de cura interior para todos nós. O pecado tem deixado circatrizes em nossos corações. Mas alguns movimentos promovem técnicas espetaculares, emocionais e/ou psicológicas para lidar com o pecado sem perseguir o problema até a raíz—o coração humano e a natureza humana. Somos vítimas, muitas vezes, sim; mas também somos responsáveis diante de Deus pelas nossas reações pecaminosas ao pecado. Ao invés de culpar aos outros (alguns movimentos até chegam ao ponto de “perdoar a Deus”, devemos confessar nosso pecado. Em vez de culpar os pais, irmão, patrões, vizinhos, devemos perdoá-los e nos arrepender dos nossos pecados. Não negamos a influência e o impacto que o pecado de outros têm, que existem feridas profundas, circatrizes e verdadeiras vítimas do pecado. Mas não podemos culpar essas circunstância pelo nosso pecado! De uma forma ou outra, todas essas respostas, todas essas tentativas, representam maneiras de nós culparmos o próprio Deus pelo nosso pecado. Afinal de contas, é como que disséssemos que foi Ele que nos colocou naquela família, foi Ele que permitiu que nossos ancestrais fossem assim, foi Ele que não impediu que os demônios nos atacassem, foi Ele que permitiu que perdéssemos nosso emprego, foi Ele que enviou aquela mulher para trabalhar na minha firma, foi Ele que. . . Será que eu e você caímos no mesmo erro que Tiago adverte? Culpar aos outros, e especialmente a Deus, é marca de quem não está permitindo que a vida de Jesus seja vivida nele.


II. A Explicação: Eu Sou Responsável pelo meu Próprio Pecado (14-15) Onde não há culpa pessoal, não há graça individual. Para alguém ser salvo, tem que ficar perdido. Tentamos salvar algumas pessoas mostrando todos os benefícios sem primeiro mostrar que são perdidas. Tiago mostra como eu sou o principal responsável pelo meu próprio pecado. O verdadeiro cristão, para se tornar cristão, tem que reconhecer esse fato. O primeiro ponto do Evangelho é: Eu sou pecador! Essa mensagem não é muito popular em nossos dias. Preferimos falar em erros, falhas, defeitinhos, mas não em pecado como ofensa contra um Deus santo. Tiago usa uma analogia apropriada de pecado sexual para descrever o processo mortífero que leva ao pecado:
Cobiça: Atrai, Seduz, Concebe.

Dá à luz: pecado e Morte


AS ESCRITURAS


Culpar outros pelo meu pecado tem uma longa história nas Escrituras. Veja:


1. Adão e Eva (Gn 3:12-) Quando Deus confrontou Adão ele transferiu sua culpa para outro dizendo que a culpa não era dele, mas sim da mulher. Aliás, disse Adão, foi a mulher que Tu me deste; ou seja, no final das contas a culpa era de Deus que lhe tinha dado aquela mulher. E, afinal, por que Deus tinha de criar a serpente? Mais uma razão pela qual ele não era culpado e sim Deus, até a serpente que o enganou existia pela vontade de Deus.


2. Arão (Ex 32:24) Moisés teve de confrontar seu irmão por Ter levado o povo à idolatria. Mas este também transferiu sua culpa para outro. “Olha Moisés, visto que você sumiu e não voltava, e o povo precisava de uma direção espiritual dadas as desfavoráveis circunstâncias, não tive escolha a não ser fazer este bezerro de ouro”.


3. Saul (1 Sm 13:12) Samuel ficou extremamente triste quando viu que Saul havia oficiado o sacrifício que era de sua responsabilidade. Confrontado, Saul não admitiu sua desobediência, apenas disse que o fez por causa das circunstâncias tão urgentes. Vemos, portanto, que o homem de hoje não é diferente do homem do passado. Haverá, então, algum remédio para isto? O caminho da graça começa quando reconhecemos a nossa culpa! Pv 28:13 diz: O que encobre as suas transgressões, jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia. (Sl 32:1-5) 1 Jo 1:9 diz que se confessarmos os nossos pecados Deus é fiel para nos perdoar. Esse é um caminho confiável, tanto para aquele que nunca abraçou Jesus como seu Salvador, quanto para aquele que já conhece Jesus mas é tentado a se desculpar pelo pecado. Confissão significa concordar com Deus sobre o meu pecado. Os pecados devem ser identificados pelos seus nomes e confessados. É chegar diante dele e dizer: Senhor, pequei contra ti porque tenho mágoas em meu coração e tua Palavra diz que isto é pecado. Perdoa-me. A obra de Cristo na cruz, morrendo no nosso lugar, pagando o preço de toda a sujeira que já cometemos, é suficiente para livrar da condenação eterna todos que depositam sua confiança unica e exclusivamente nEle. Sua ressurreição garante que todos os nossos pecados foram perdoados. Não há necessidade para os alunos da escola do Diretor André, muito menos nós, justificarmos nosso pecado. O caminho da graça começa quando reconhecemos a nossa culpa, e corremos até o perdão oferecido por Cristo Jesus.


Espero que a leitura desse artigo tenha contribuído um pouco mais para sua vida cristã.


Um abraço,

Missão Evangélica SEMEAR

Douglas Sborowski

quinta-feira, 24 de abril de 2008

PROBLEMAS COM A TECNOLOGIA

Aos queridos que nos acompanham no blog, estamos com problemas de conexão em nossa residência, local onde trabalhamos com a missão. Por isso não temos postado nada de novo. Creio que em breve, uma semana aproximadamente, tudo esteja resolvido. Mesmo assim não nos deixe de acompanhar e ver nossa agenda ministerial. Continuem orando por nós.
Forte abraço,
Douglas Sborowswki e família