sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

ACEH - ASSOCIAÇÃO DE CAPELANIA HOSPITALAR EVANGÉLICA


Eleny Vassão de Paula Aitken é capelã-missionária da Igreja Presbiteriana do Brasil e casada com o missionário Gavin Levi Aitken e seus filhos são: Todd, Aimme, Dalton, Davi, Denis e Daniel. É licenciada em Artes Plásticas e Teologia e Mestre em Aconselhamento Bíblico. Presidente da Associação de Capelania Evangélica Hospitalar (ACEH), é também capelã evangélica-titular do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e do Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo. Autora dos livros: Aconselhamento a pacientes terminais; No leito da enfermidade; Consolo; Mal em Bem; A missão da igreja frente a AIDS; Esperança para vencer; O poder do amor; Dor na alma; Aconselhamento a pessoas em final de vida; No leito da enfermidade (para pacientes).


Como compartilhei na postagem anterior, participei dos treinamentos de capelania hospitalar evangélica com a equipe da Associação de Capelania Evangélica Hospitalar- ACEH, embora ainda não conseguimos iniciar esse ministério em nossa cidade, pelo fato dos Hospitais locais serem bem fechados quanto a esse movimento, e é claro, fechados por causa daqueles que, de forma irresponsável, agiram indissolutamente com a verdade trocando-a por falácias ações "cristãs". Mas creio que um dia, se o Senhor permitir, estaremos levando consolo e cura para os corações daqueles que nos hospitais procuram a cura física de suas doenças. A Associação de Capelania Evangélica Hospitalar trabalha seriamente equipando pessoas evangélicas, de várias denominações, para serem ferramentas do Reino de Cristo, exercendo o papel de capelão hospitalar. Gavin e Eleny estão à frente desse ministério por décadas e creio que em nosso país, é uma das melhores equipes para realizar um treinamento nessa área. Particularmente, conheço a seriedade do Gavin e Eleny, pela responsabilidade e coerência que esse casal trabalha à frente dessa organização, principalmente quando se trata da suficiência das Escrituras e pelo amor dedicado perante seus chamados para a obra de Cristo. Conheça destalhes desse ministério pelo site http://www.capelania.com.br/ e se você vibrar o seu coração quanto a ser um capelão, antes, um missionário equipado, vá em frente. Para mim e minha esposa, foi um grande privilégio passar por ali e perceber o quanto Deus têm por fazer, usando eu e você, nesse campo missionário, chamado HOSPITAL.

Pelo Reino

Douglas Sborowski


O CONFORTO DE UMA MÃO




Há alguns anos atrás, tive o privilégio de participar de um treinamento de Capelania Hospitalar com Eleny Vassão e sua equipe. Durante o treinamento pude perceber que o consolo de Deus caminha dentro dos corredores hospitalares pela disposição de pessoas que compreendem que os hospitais são campos missionários, levando ali o Evangelho de Cristo não somente para curar as almas mas também ser solidario com os sofrimentos daqueles que, por algum modo, são tirados de suas rotinas da vida, tendo que passar por hospitais com suas enfermidades ou "atropelos" circunstâncias, dos quais estamos vulneráveis a qualquer momento. Li um artigo escrito pela Eleny Vassão com o título O CONFORTO DE UM A MÃO e transcrevo abaixo para que você medite um pouco mais sobre a sua vida e a providência do Senhor, por suas misericórdias que a cada di são novas. Boa Leitura!

O CONFORTO DE UMA MÃO

A capelã Eleny Vassão explica como, mesmo que não seja da maneira que esperamos, Deus nos tira da situação difícil, curando-nos ou afastando inimigos.

Porque, chegando à Macedônia, nenhum alívio tivemos, pelo contrário, em tudo fomos atribulados: lutas por fora, temores por dentro. Porém Deus, que conforta os abatidos, nos consolou com a chegada de Tito." 2Co 7.5,6Gustavo era um menino pequeno, de olhos bem verdes, esperto. Sem muita paciência, ele aguardava ser chamado para outra sessão de quimioterapia naquele hospital tão seu conhecido.O garoto não sabia bem qual era o seu problema. Só sentia que estava doente e sabia que teria de tomar muitos remédios, mas não podia entender a gravidade da situação.Ele se aproximou da mesinha onde estavam as outras crianças a quem contávamos histórias bíblicas e incentivávamos a colorir os desenhos sobre a mesa enquanto elas aguardavam o tratamento. Curioso, ele perguntou: "Posso desenhar também?" Sentou-se ao meu lado, ouviu a história bíblica e desenhou sossegado.Aproximei-me de sua mãe e começamos a conversar. Ouvi seus medos e dúvidas e, então, pude lhe mostrar a presença de Cristo naquele lugar por meio de uma história bíblica.Contei-lhe sobre o cuidado de Deus em providenciar tão rapidamente uma vaga para o tratamento, mostrando-lhe que esse já era um milagre em sua vida. Muitas vezes queremos que Deus faça um milagre como achamos que deva ser um, e não enxergamos o milagre diante de nós.Os meses se passaram e, durante quase dois anos, eu o encontrava todas as quintas-feiras pela manhã, às vezes com vontade de conversar, às vezes bravo, como uma criança normal, cheio de sonhos e vontades.Em uma quinta-feira, a mãe de Gabriel não pôde estar com ele. Em seu lugar, veio Dulce, a avó que, com muita paciência, respondia a todas as suas questões. Eu só ouvia do box ao lado: "Vó Dulce, por que o time se chama Botafogo? Por que alguém pôs fogo? Por que o time se chama Ponte Preta? Por que alguém pintou a ponte de preto?"Enquanto me divertia ouvindo aquela conversa, a vó Dulce reclamou de sede. Acabei o artesanato que fazia com outra criança e fui ajudar Gustavo, para que sua vó fosse beber água. Como ele não estava com a bolsa de água morna para colocar no braço, eu deveria colocar minha mão sobre a sua veia de seu braço esquerdo, aquecendo-a para diminuir a dor, enquanto a medicação entrava (a medicação da quimioterapia arde muito na veia, mas a dor diminui com o calor).Entretanto, percebi que, em sua cadeira, estava meio escondida sua luva plástica amarrada e cheia de água morna. Perguntei a razão de a luva estar na cadeira e não em sua veia. Sem pensar duas vezes, ele respondeu: "Acontece, tia, que mão de gente é bem melhor do que luva de plástico!".Naquele dia aprendi uma grande lição de vida com Gustavo: é claro que, em caso de dor e medo, a mão humana é bem melhor que uma luva!Realmente, nosso ministério de capelania hospitalar, levando conforto e esperança aos enfermos e seus familiares, é único. Muitas vezes, no mesmo dia e com o mesmo paciente, choramos e sorrimos muito.O amor de Deus é tão grande que me permite senti-lo a cada dia, capacitando-me para aprender, com crianças como Gustavo, que "mão de gente é bem melhor que uma luva de água morna".Paulo, o apóstolo, também enfrentara grandes sofrimentos, ao chegar à Macedônia. Lutas por fora e temores por dentro tiravam seu ânimo, deprimindo seu coração, tornando difícil continuar a caminhar no ministério. Quando estamos assim, sentimo-nos solitários, como se a nossa dor fosse única e não pudesse ser compartilhada com mais ninguém.Mas o nosso Deus está atento a tudo que nos acontece e Ele sempre responde nossas orações. Nem sempre da maneira como esperamos, tirando-nos da situação difícil, curando-nos ou afastando de nós inimigos perversos, mas Ele está conosco e nos ensina as melhores lições na hora da dor.No caso de Paulo, Deus não lhe repreendeu por estar sofrendo, não o acusou de ter pouca fé, não o estimulou a mascarar ou negar sua dor. Deus o ouviu, sensível ao abatimento de sua alma, e enviou-lhe, como resposta à sua oração, Tito, o consolo em forma de gente. Ele lhe trazia a alentadora notícia sobre o amor e os cuidados da igreja de Corinto com a sua pessoa.Agora Paulo não mais se sentia sozinho em meio a suas lutas. Sabia que todos estavam com saudades dele, pensando, chorando e orando por sua vida. Ele não estava só. Outros queridos também estavam com ele. Mesmo que à distância, estavam ligados por laços de amor, que ninguém poderia cortar.Tito ficou com ele. Era alguém de pele e osso, com quem podia chorar, compartilhar suas lutas, rir de coisas pequenas e quase sem graça. Era alguém em quem podia confiar e abrir seu coração, sem medo de ser recriminado.Quantas vezes, ao contemplarmos o sofrimento de pessoas ao nosso redor, temos nos omitido, pois a dor do outro nos deixa sem palavras ou não temos a explicação que, imaginamos, daria motivo ao seu sofrer.É importante sabermos que nem sempre os sofredores estão buscando por respostas. Mas, com certeza, eles estão sempre procurando por uma mão amiga e quente, que alivie a dor de seu coração.Todos os recursos da técnica mais moderna da medicina não conseguem substituir a presença de uma mão amiga que, no momento do ardor na veia, simplesmente se repouse sobre a mão do outro, aquecendo a sua pele e a sua alma.Como Gustavo, não podemos nos esquecer que "mão de gente é bem melhor que uma luva de água morna".
(extraído - REFLEXÃO - Mundo Cristão - 29/01/2009 - por Eleny Vassão)
Se você quiser saber mais detalhes do ministério sobre Capelania Hospitalar, acesse o site http://www.capelania.com/ (Associação de Capelania Evangélica Hospitalar) e acompanhe nossa próxima postagem no blog.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

O SOLDADO QUE MATOU JESUS



Quem matou o Senhor Jesus Cristo? Essa pergunta pode ser respondida de várias maneiras e todas elas apresentam a Bíblia como base. Alguém poderia dizer que a morte de Jesus teve como causa o próprio Deus, uma vez que a Bíblia diz que Deus enviou Jesus com o fim de, com seu sangue, resgatar o mundo (Rm 8.32).
Outros poderiam dizer que ninguém pode ser responsabilizado pela morte de Cristo, pois, segundo as próprias palavras do Mestre, ninguém tirou a vida dele. Antes, ele espontaneamente a deu (Jo 10.17-18).
Em nosso país há uma forte tendência no sentido de jogar a culpa da morte de Jesus sobre Judas. E, de fato, o próprio Senhor falou que a culpa do traidor era maior que a do próprio Pôncio Pilatos (Jo 19.11).Falando em Pilatos, a igreja primitiva parece ter visto nele, em Herodes e nas autoridades judaicas os principais vilões da história do Calvário, além dos soldados romanos e o povo judeu em geral (At 4.27; 7.52).
Ao que parece, essas respostas não se opõem uma a outra, mas sim se completam, já que todas apresentam bons fundamentos.
Há, porém, um outro grupo de culpados da crucificação de Cristo. São aqueles que, após conhecerem e até experimentarem a verdade, a abandonam. O autor de Hebreus diz que essas pessoas crucificam para si o Filho de Deus (Hb 6.4-6)
Além desses assassinos modernos, Paulo fala de outros que Deus considera como algozes de seu Filho: são os que participam da Ceia com pecado em sua vida (1Co 11.27). Desses assassinos de Jesus nós nem sempre nos lembramos, ainda que alguns deles surjam de vez em quando em nosso meio.
É por isso que há exatidão teológica no sonho de certo homem. Ele sonhou que o Senhor Jesus estava deitado sobre uma pedra e que diante dele estava um soldado romano com um punhal. De repente, o soldado levantou o punhal para cravá-lo no peito do Senhor. Desesperado, o homem que sonhava gritou: “Não!” Então o soldado que estava de costas se virou, e qual não foi a surpresa do nosso sonhador! O soldado era ele mesmo!


Prof. Marcos Granconato

Soli Deo gloria


(extraído do site do Seminário Bíblico Palavra da Vida www.sbpv.org.br - visite o site)



Marcos Mendes Granconato é formado em Teologia pelo Seminário Bíblico Palavra da Vida, Atibaia, São Paulo. Tornou-se professor nesse mesmo Seminário, onde há dezoito anos ensina Teologia Sistemática e ministra cursos de História Eclesiástica. É também formado em Direito pela Universidade São Francisco, em Brangança Paulista. Atualmente está cursando o mestrado em Teologia Histórica no Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper, da Universidade Mackenzie, em São Paulo. É pastor há nove anos na Igreja Batista Redenção, em São Paulo. Tem atuado como conferencista em vários retiros e congressos, realizando palestras na área de Teologia Aplicada e História da Igreja. Casado com Simone, o casal tem três filhas: Isabela, Helena e Sofia.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

PRINCÍPIOS PARA TOMADA DE DECISÕES FINANCEIRAS


Que ano foi 2008, com mudanças imprevisíveis no mundo financeiro, na política e na vida de modo geral! Às vezes parecia que tudo estava fugindo ao controle. Mas ao celebrar o natal fomos lembrados de que toda a criação está sob o controle de um Deus amoroso, que Se revelou “por meio do Filho, a Quem constituiu herdeiro de todas as coisas e por meio de Quem fez o universo”
(Hebreus 1.2).

Os que seguem a Cristo devem ter nas verdades bíblicas o fundamento e o contexto para a tomada de decisões na área financeira. Somos mordomos de Deus, convocados para administrar Seus recursos para Sua glória. Eis alguns lembretes bíblicos sobre o senhorio de Deus e a nossa administração como mordomos:
. No princípio Deus criou os céus e a terra - Gênesis 1.1.
. David louvou a Deus... dizendo: Teus, ó Senhor, são a grandeza, o poder, a glória, a majestade e o esplendor, pois tudo o que há nos céus e na terra é teu - I Crônicas 29.10-11.
. Do Senhor é a terra e tudo o que nela existe, o mundo e os que nele vivem - Salmos 24.1.
. Mas, lembrem-se do Senhor, o seu Deus, pois é Ele que lhes dá a capacidade de produzir riqueza - Deuteronômio 8.18.
. Conservem-se livres do amor ao dinheiro e contentem-se com o que vocês têm, porque Deus mesmo disse: Nunca o deixarei, nunca o abandonarei - Hebreus 13.5.
. Pois Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas. A Ele seja a glória para sempre! Amém! - Romanos 11.36.
O objetivo de nossa empresa, a "Sound Mind Investing", é o de ajudar os leitores a se tornarem “bons e fiéis mordomos” daquilo que Deus lhes confiou. É nossa convicção que, para sermos
melhores mordomos dos recursos de Deus, devemos começar examinando as Escrituras:

. Comprometa-se a buscar e viver segundo os propósitos de Deus para sua vida. Todos temos tempo e recursos financeiros limitados. Tendo visão clara do propósito da vida ordenada por Deus é possível começar a usar o tempo e os recursos de maneira eficiente. A vida não possui um botão de rebobinar. Assim, usemos os dias, que voam ligeiros, para manter foco sobre o que realmente é importante. Se você é casado, comprometa-se a trabalhar com seu cônjuge para resolver conflitos financeiros. Comunique-se abertamente com ela em relação ao dinheiro, em um espírito de amor e cooperação. Peça a Deus que o ajude a confiar Nele muito além do que possa parecer razoável do ponto de vista secular.

. Aprenda e siga os princípios financeiros das Escrituras. Lembre-se sempre: você é um mordomo a serviço do Rei do universo!

. Honre a Deus com sua generosidade. O Senhor o abençoou com o que você tem por uma razão: “Para que possam ser generosos em qualquer ocasião e... sua generosidade resulte em ação de graças a Deus” (II Coríntios 9.11). Decida-se a amontoar tesouros no céu e não na terra. Comece a dar sacrificialmente, abrindo mão de alguns de seus desejos, para satisfazer as necessidades dos outros. Dar é assunto do coração. Peça a Deus expandir a capacidade do seu coração em direção a Ele, para que possa dar com alegria, e prosperá-lo para que possa aumentar suas doações.

. Mantenha os olhos sobre alvos biblicamente inspirados. Quando a economia está tumultuada há uma tremenda pressão emocional no sentido de abandonarmos nossos planos.
Permaneça firme, confiando que os princípios das Escrituras são verdadeiros. Lembre-se que historicamente a recuperação sempre segue a recessão.


Questões Para Reflexão ou Discussão

1. Como você se sente em relação a atual crise econômica? Você está preocupado com suas finanças pessoais?

2. Concorda com a afirmação de que Deus está no controle de todas as coisas no mundo? Por que? Ou é difícil para você crer nisso?

3. Qual das passagens citadas, que discute o senhorio de Deus e nossa administração de Seus recursos, que mais se destaca para você?

4. Qual das sugestões dadas para desenvolver um panorama escriturístico de suas finanças você acha mais proveitoso? E qual a mais desafiadora?

Desejando considerar outras passagens da Bíblia relacionadas com o tema, sugerimos: Provérbios 11.28;13.11; Mateus 6.24-34; II Coríntios 9.6-10.

(artigo extraído do site www.cbmc.org.br - Maná da Segunda 26/01/2009)
Uma boa semana!
Douglas Sborowski


sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

SINAIS E MARAVILHAS


SINAIS E MARAVILHAS tem sido o tema de minhas últimas pregações. Na quarta feira passada, 21/01/2009, preguei em nossa igreja no culto a noite e o foco central foi esclarecer biblicamente que SINAIS E MARAVILHAS podem ser realizados fora da herança de Deus, ou seja, Satanás e seus seguidores podem muito bem realizar SINAIS E MARAVILHAS (2 Tess 2.9; Mt 7.22). Um dos SINAIS E MARAVILHAS que mais temos visto em alguns programas de televisão e em algumas igrejas é a cura. CURA virou a grande manifestação dos palcos dos SINAIS E MARAVILHAS. Pensando nisso, li um artigo sobre cura, escrito pelo Pr. Darcy Sborowski Junior, que reescrevo abaixo com autorização do autor.

Uma boa leitura,

Douglas Sborowski



A FÉ QUE CURA


Escrito por Pr. Darcy Sborowski Jr.


Dom, 11 de Janeiro de 2009 21:24

Nestes últimos tempos temos passado, como família, por momentos de profunda luta com o câncer “galopante” da vovó de Deborah e Daniel, a “vó Noemi”.
Agradecemos a Deus por sua suficiência em nos sustentar, fortificar e nos encher de grande esperança Nele; agradecemos também à amada igreja de Cristo, representada na vida de tantos irmãos queridos que ainda oram por nós, notoriamente pela IBVM.
Muito obrigado, irmãos.
No hospital tomamos ciência de uma palestra que se intitulava “a fé que cura”.
Chamou-nos a atenção não apenas pelo título, mas certamente pelo momento que vivíamos. Tal foi nossa frustração com o andamento da palestra sobre tão pertinente assunto, que ela se perdeu nas elucubrações frívolas.
A grande oportunidade do enchimento de esperança dos corações sedentos, perdeu-se pela falta de uma explanação bíblico- teológica.
Assim sendo, permitam-me recompor o título: “a ação da fé no processo curativo”.
Primeiramente gostaria de lembrar que a fé, no processo curativo, é vista de três formas: a fé no processo curativo sobrenatural; a fé no processo curativo natural; e a fé no processo curativo que não acontece.
Pois bem; quanto à fé no processo curativo sobrenatural temos vários relatos bíblicos, dos quais irei destacar aquele momento encantador do poço de Betesda: havia um coxo que, por 38 anos, esperava a água do tangue se mexer, já que era comum pensar que um anjo removia a água e, quem entrasse nele primeiro, seria curado. Eis aí o sentido místico dos dias de Jesus, nada diferente dos nossos; porém, foi a fé no poder de Jesus que o curou.
- Queres ser curado? disse Jesus.
- Mas Senhor, não há ninguém que me leve até o poço, respondeu o coxo.
Jesus insiste: queres ser curado?
Essa é a proposta, o exercício da fé no processo da cura sobrenatural. Notório é, não ser a fé o objeto principal, mas sim a vontade de Deus em Cristo Jesus, pois é Jesus quem toma a iniciativa; a fé é um elemento básico, porém não essencial, pois se essencial fosse, exercer fé, apenas, seria suficiente -- aliás, em qualquer objeto de fé, o que não é verdade.
Quanto à fé no processo curativo natural, lembremos de Tiago 5:14,15. “Está alguém doente faça oração, ungindo-o com óleo...”, um elemento medicinal nos dias de Tiago. Aí está a função da fé no processo curativo natural, quando a fé é usada para restaurar, levantar, motivar o espírito abatido, participando de um processo integral de cura e restabelecimento do enfermo, conjugado com a terapia medicinal que compreende os remédios e os tratamentos da medicina, tão importante a nossas vidas.
E finalmente, quanto à fé no processo curativo que não acontece, lembremo-nos de Timóteo e o vinho para o estômago. Em 1 Tm 5:23, encontramos uma declaração bombástica quanto a esses movimentos que manipulam o poder da fé para si e não em Deus. O grande apóstolo Paulo aconselha a seu amado filho Timóteo que beba vinho por causa de suas constantes enfermidades, possivelmente uma gastrite ou úlcera gástrica. Paulo demonstra que sua fé no processo curativo não fora capaz de curar Timóteo, como um dia fora capaz não somente de curar, mas até de ressuscitar Êutico (At 20:9-12).
Assim também é em nossos dias. Deus pode curar sobrenaturalmente -- já participei de momentos como esses, em meus 21 anos de ministério pastoral; pode também curar naturalmente, o que vemos e experimentamos com maior freqüência; ou pode não curar, como experimentamos na vida de Dona Noemi.
Essa é a fé no processo curativo. Deus não pode ser manipulado pela fé do homem, mas usará a fé para a manifestação de Sua Soberana vontade, hora curando soberanamente, hora curando naturalmente e hora não curando. E a Ele, toda a glória.


Soli Deo Glória.


Pastor Darcy Sborowski e família,


Gratos a Deus por Sua Soberana vontade.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

E se o Natal Fosse Hoje...


Pr. Davi Merkh

Para muitos hoje, o romantismo que cerca a história do Natal ofusca a realidade: um nascimento mais humilde seria impossível. Mas Jesus nasceu da forma mais humilde para ser Salvador de todos.
E se o Natal fosse hoje, no Brasil...
Num dia glorioso da primavera foi o anjo Gabriel enviado da parte de Deus, para um vilarejo do sul de Minas Gerais chamado Santa Rita do Sapucai, a uma adolescente de 15 anos chamada Maria de Socorro. Ela já era noiva de um jovem chamado José da Silva, aprendiz de marceneiro, rapaz forte, sensível e bom.
E entrando o anjo aonde ela estava, disse, “Anima-te, muito favorecida! O Senhor é contigo.”
Ela, porém, ao ouvir esta palavra, ficou muito assustada. Certa de que não se tratava de um episódio de Câmera Escondida ou Fantástico, pensou consigo memsa: “O que será que ele quer dizer com isso?”
Mas o anjo lhe disse, “Maria, não temas. Porque achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho a quem chamarás pelo nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo.”
Então disse Maria ao anjo: “Como será isto, pois eu e José nem beijinhos trocamos. Nunca fiquei com ninguém, e sou virgem . .
Respondeu-lhe o anjo: “Descerá sobre ti o Espírito Santo e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus. E Isabel das Graças, tua prima, também concebeu um filho no Asilo Batista dos Idosos, nas regiões montanhosas de Monte Verde, sendo este já o sexto mês para aquela que já fez muito tratamento de fertilidade, sem dar em nada.”
Passaram-se uns dias, e Maria criou coragem para falar a história aos seus pais. Quando ouviram, a mãe só soluçava. O pai, um dos diáconos da Comunidade Evangélica de Santa Rita, quis matar “aquele moleque José.” Mas depois de um tempo, Maria conseguiu convencer ambos de que, realmente ficara grávida pelo Espírito Santo.
Mas quando contou tudo para José, foi outra história. Aquele jovem quieto, sensível, ficou profundamente machucado. Maria chorou, seus pais choraram, mas José saiu correndo da casa. Precisava de espaço para respirar, refletir, chorar e questionar. Como podia conhecer tão mal aquela que era a princesa de sua vida? Andou por horas numa chuvinha leve, resolvendo o que deveria fazer. Naquela noite, diante de Deus, decidiu desmanchar o noivado, em particular, sem sujar ainda mais o nome da Maria e para manter sua própria reputação limpa. Mesmo depois que ela o traiu, ele ainda a amava. Soluçava ao pegar no sono, enquanto seus sonhos de um futuro lar feliz se dissipavam diante dele.
Foi quando um brilho assustador interrompeu seus pesadelos, e uma voz ecoou em sua mente, “José da Silva, não temas de tomar Maria como sua esposa, porque o que nela foi gerado realmente é do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.”
Quando despertou José do sono, na hora fez como lhe ordenara o anjo do Senhor.
Naquela mesma semana, celebraram uma cerimônia simples de casamento no cartório. Mesmo assim, não foram poucos os vizinhos que suspeitavam que nem tudo estava “kosher” em Santa Rita do Sapucai. Mas José da Silva recebeu Maria do Socorro como sua esposa, até que a morte os separava.
Depois da cerimônia, sem possibilidades de lua-de-mel, quase sem presentes de casamento, ainda com certa vergonha, José levou Maria para a edícula atrás da casa do seu pai. Aqueles primeiros meses eram muito difíceis . . . Maria, tão jovem, muito enjoada nos primeiros meses da gravidez, com saudade dos pais, não podendo andar na rua por medo das gozações e fofocas . . . José, ainda aprendiz, trabalhando o dobro para sustentar uma família, numa casa ainda não acabada . . . tendo uma esposa, mas ainda não podendo desfrutar dos privilégios matrimoniais . . . ouvindo os comentários das “más línguas”, algumas, de pessoas da própria igreja. Sempre imaginando em seu íntimo, “Como será, ser o papai do Filho de Deus? Como guiar as mãos daquele que formou o universo? Como ensinar o alfabeto ao Verbo de Deus? Como ensinar a contar aquele que sabia o número das estrelas?”
Naqueles dias foi publicado um decreto de Luiz Inácio da Silva, convocando toda a população da república para recadastrar-se com novo CPF. Este, o primeiro recadastramento, foi feito quando Geraldo Alckminn era governado de São Paulo, e Fidel Castro ainda era ditador da Cuba. Todos iam recadastrar-se, cada um à sua própria cidade. José também subiu de Minas, do vilarejo de Santa Rita do Sapucai, para São Paulo, à cidade de Atibaia, por ser ele da casa e família de Davi, a fim de recadastrar seu CPF com Maria, sua esposa, que estava grávida.
A viagem foi longa, e dura, e necessitava de 4 ônibus diferentes, nada fácil para uma mulher no nono mês da gravidez. E, eis que ninguém oferecia assento para ela, e havia greve de ônibus em São Paulo. A jornada foi sobremodo difícil.
Tendo eles chegado, e estando eles na fila interminável do recadastramento, aconteceu que a bolsa da Maria rompeu. E José saiu a procura de algum hospital para seu filho nascer. Mas a Santa Casa estava fechada por falta de remédios. O velho Hospital Novo estava em reformas para se tornar novo outra vez. E o hospital Albert Sabin só aceitava pacientes com plano de saúde, cartão de crédito ou dinheiro. Não havia lugar para uma jovem senhora em trabalho de parto!
Desesperado, o único lugar que o jovem marido conseguiu foi um barraco atrás de uma casinha antiga no lugar menos-nobre da cidade. Ali o dono da casa guardava uma manada de bichos de estimação. Um lugar mais humilde não existia. Mas foi ali, entre gatos, cachorros, aranhas e lagartichas, que Maria deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o em edições velhas do Estadão, e deitou-o num canto do barraco que José havia limpado. O Salvador chegou!
Havia naquela mesma região trabalhadores da prefeitura, asfaltando uma entrada da periferia durante as vigílias da noite. E um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam e a glória do Senhor brilhou ao redor deles; e ficaram tomados de grande temor.
O anjo, porém, lhes disse, “Calma, galera! Eis que vos trago boa nova de grande alegria, que o será para todo o povo. É que hoje vos nasceu, em Atibaia, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta no Estadão, e deitada no canto dum barraco.
E subitamente apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem.
E ausentando-se deles os anjos para o céu, diziam os trabalhadores da prefeitura, “Chega de asfalto! Vamos até Atibaia e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer. Foram apressadamente, e acharam Maria e José, e a criança deitada no canto do barraco. E vendo-o, falaram para todo o pessoal que morava na região a respeito deste menino. Todos os que ouviram se admiraram das coisas referidas pelos trabalhadores. Maria, porém, guardava todas estas palavras, meditando-as no coração. Voltaram, então, os trabalhadores, glorificando e louvando a Deus porque Ele havia anunciado esse nascimento a eles, e não aos “grandes” e elite da alta sociedade.
Pois verdadeiramente, foi boa nova, de grande alegria, para todo o povo. É que, naquele dia nos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo o Senhor. Ó vinde adoremos!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

FÉRIAS 2009


Um encontro com Marcel Fomim e família
Itanhaém (SP)

Retornamos das férias hoje. Passamos 10 dias descansando com a família no litoral de São Paulo. Pude carregar as energias para iniciar mais uma temporada da Missão Evangélica SEMEAR - 2009. Nesse ano a missão continuará realizando as saídas para conferência, por isso peço a gentileza para você olhar a agenda e orar por nós. É com grande alegria e expectativa que estamos esperando a chegada de mais um filho (a). Obviamente a missão estará recebendo mais um membro com data marcada para o mês de julho/2009. Nesse ano continuaremos firmes na Igreja Presbiteriana de Araraquara trabalhando com casais e também iniciando um novo projeto ministerial com a Melhor Idade. Temos sentido em nossos corações a necessidade de darmos as mãos para nossos irmãos, idosos, visando colaborar com suas vidas em dias, que certamente, os tem abandonados. Tristemente a Igreja Brasileira de modo geral tem, por diversas razões, negligenciado uma ação mais direta aos nossos amados idosos. Antes de sair de férias li um livro que estava em minha biblioteca particular - Do outro Lado da Montanha - Howard Hendricks, que me fez refletir muito sobre como quero chegar na terceira idade de minha vida. Aposto que você já pensou nisso algum dia! Enfim, estaremos dando uma mão para eles, para que no futuro próximo alguém me dê uma mão. Finalmente, minhas alegrias, Luciana, Pedro e André estão bem. Acompanhe nosso blog semanalmente para você se inteirar sobre onde estamos e o que estamos fazendo.


Conto com suas orações!


Um abraço,


Bom Verão 2009


"Que a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guarde os vossos corações."


"Sobre tudo o que se deve guardar, guarde o seu coração, porque dele procede as fontes da vida." Pv 4.23