O blog desta missão evangélica traz para você uma informação importante sobre a amamentação infantil, pois estamos em uma semana, onde internacionalmente, se realiza esta campanha. Luciana, minha esposa, traz informações sobre este momento tão especial entre mãe e filhos. SEMEAR também é educação.
Fonoaudióloga da Uniara explica a importância da amamentação para a fala
Publicado em: 04/08/2010
A coordenadora da área de Fonoaudiologia e responsável técnica pela Clínica do Centro Universitário de Araraquara – Uniara, Luciana Rueda Sborowski, ministrou uma palestra sobre “Importância do Aleitamento Materno no Desenvolvimento da Linguagem”, nesta quarta-feira, dia 4 de agosto, no Senac.
O evento fez parte da I Semana de Municipal de Aleitamento Materno, intitulada “Amamentação: 10 Passos – Caminho Amigo da Criança”, promovida pela Prefeitura de Araraquara.
De acordo com Luciana, atualmente tem-se enfatizado muito o aleitamento materno, principalmente no que diz respeito aos aspectos nutricionais e de desenvolvimento da criança. Entretanto, a literatura demonstra que o aleitamento natural é mais que nutrição. “A amamentação é o fator decisivo e primordial para a correta maturação e crescimento craniofacial em nível ósseo, muscular e funcional, mantendo essas estruturas aptas para exercerem o desenvolvimento da musculatura orofacial, que guiará e estimulará o desenvolvimento das funções fisiológicas, garantindo não somente a sobrevivência, mas também uma melhor qualidade de vida.”
Por este motivo, Luciana diz que procura enfatizar a amamentação materna como uma forma de prevenção a problemas futuros da criança, por proporcionar o preparo e o aprimoramento da condição neuromuscular das estruturas bucais para funções mais complexas.
Ela explica que o seio materno funciona como aparelho ortodôntico natural. “Ao sugar, o bebê coloca a língua na posição correta dentro da boca e faz uma verdadeira “ordenha” do bico do seio. As arcadas (ainda sem dentes), bochechas e língua movimentam-se harmoniosamente e toda a função neuromuscular da boca desenvolve-se de forma equilibrada.”
A importância do aleitamento materno para a fonoaudiologia, na visão de Luciana, justifica-se porque visa ao preparo e ao aprimoramento da condição neuromuscular das estruturas bucais.
A anatomia e a funcionabilidade das estruturas bucais desenvolvem-se quando exercidas pela amamentação, o que aprimora as demais funções, como mastigação, deglutição, respiração e fonoarticulação.
“O aleitamento materno é mais vantajoso para a criança em razão do esforço realizado para a obtenção do alimento, bem como do exercício das regiões peri e intrabucais. Além disso, considera-se a amamentação como a primeira lição preventiva da adequada respiração, pois, durante o processo, as funções orofaciais são perfeitas: lábios fechados, postura correta da língua, padrão respiratório (nasal), o que mantém corretas as funções do sistema estomatognático.”
Luciana garante ser vital para o neonato que esse aleitamento seja exclusivo até o sexto mês de vida, visto que há uma forte correlação entre a presença de hábitos bucais nocivos e a amamentação insuficiente, constituindo-se num dos principais fatores etiológicos das más oclusões dentárias. Do mesmo modo, a deglutição, fonação e respiração podem ser afetadas quando a mamadeira é logo introduzida nos hábitos do bebê.
Aproximadamente no sétimo mês de vida surgem os movimentos de mastigação, que, comparados com os movimentos iniciais de marcha, são mal coordenados e dirigidos. Nesta etapa, ocorrem os movimentos de aproximação e distanciamento da mandíbula em relação à maxila.
A partir de um ano, a mastigação torna-se mais efetiva em razão do desenvolvimento muscular e pela erupção de maior número de dentes decíduos. Aos 18 meses de idade surgem os primeiros molares decíduos, que farão o primeiro levante de mordida e darão a noção de oclusão.
Luciana salienta que a função da fonoarticulação, uma das principais características que define o ser humano, não possui órgão específico para este fim. Assim, a fala é uma função que se apropriou de órgãos já existentes, destinados às funções biológicas vitais; por isso, relaciona-se ao desenvolvimento e à maturação do sistema miofuncional oral e às demais funções neurovegetativas (respiração, sucção, deglutição e mastigação).
O principal sinal emitido pela criança, quando há algum problema desses relacionados, é não emitir palavras com significados, bem como não formar pequenas frases até 1 ano e 8 meses de vida. “Essa idade é um marco importante, caso o bebê apresente as características citadas, é aconselhável procurar um fonoaudiólogo.”
(extraído do site http://www.uniara.com.br/)
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